Prédio da estação ferroviária de Bagé é consumido pelo fogo
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira21 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Prédio da estação ferroviária de Bagé é consumido pelo fogo

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Prédio do final do século 19 foi derrubado após o incêndio (Foto: Iphae)

A notícia de um incêndio na estação ferroviária de Bagé em função de um curto circuito chegou à imprensa pelotense em 27 de outubro de 1924. Mesmo com o combate às chamas, feito por civis e por um pelotão do 3º grupo de artilharia, o fogo destruiu o edifício da Estação Estrada de Ferro. Correndo contra o tempo, os funcionários conseguiram salvar grande parte do material do telégrafo, os móveis e arquivos de outras seções. 

Os prejuízos da Viação Férrea foram calculados em 100 contos de réis, porém o prédio e os móveis estavam segurados em três companhias seguradoras. A construção do edifício foi iniciada em 1884 e concluída dois anos depois, quando foi inaugurado pela Companhia Southern Brasilian, com a abertura ao tráfego da Estrada de Ferro Rio Grande – Bagé. 

De acordo com a imprensa, o incêndio não teria tomado grandes proporções caso tivesse sido combatido logo no momento em que o vigia noturno, Giordano Barreto, deu o alarme. Naquela época a hidráulica suspendia o fornecimento de água, às 23h, e o fogo começou nas primeiras horas da madrugada. 

Mas não foram só os apitos do vigilante que alertaram a comunidade do perigo. Os sinos das igrejas, as cornetas dos quartéis e o apito de duas máquinas na estrada de ferro também deram o alarme. 

Dinheiro sob o colchão

O agente da estação, Astrogildo Molina, morava no piso superior do prédio com a família. Com sorte conseguiram escapar, mas perderam todos os móveis, roupas e 14 contos de réis, economias que Molina guardava embaixo do colchão.

Apesar do revés, Molina se tornou herói naquela madrugada de 24 de outubro, quando resgatou o filho Homero. O garoto de  oito anos estava preso no sobrado em chamas. 

Rápida resposta

No dia 30, a imprensa registrou que a diretoria da Estação Férrea iria construir em breve um novo prédio, bem como um armazém. O edifício seria levantado no alinhamento da rua Coronel Caetano Gonçalves, obedecendo um estilo moderno. “De acordo com o Relatório da VFRGS do ano de 1929, a antiga estação foi demolida para a construção de uma nova”, descreve o livro tombo da Antiga Estação Férrea de Bagé, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). 

No final da década de 1950, começou a ser implantado o modelo rodoviário de transporte, de forma gradual, o que ocasionou a extinção do tráfego ferroviário em determinados trechos. A última viagem de trem de passageiros ocorreu em 1986.  A malha sul, formada pelas estradas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foi leiloada em 1996. A Ferrovia Sul Atlântico foi a arrendatária Posteriormente, substituída pela América Latina Logística (ALL), empresa que atualmente opera o sistema de transporte de cargas no Rio Grande do Sul.

Centro Municipal

O fluxo da ferrovia de Bagé foi desviado da estação principal para a estação secundária de Santa Teresa, que se transformou em pátio de manobras, na década de 1970, quando foi construído um novo prédio. A antiga sede foi adquirida pela prefeitura e passou  a sediar o Centro Administrativo do município.

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Show de pilotagem na praça Coronel Pedro Osório

Chevrolet Super Show foi a atração do sábado, dia 26 de outubro de 1974, na praça Coronel Pedro Osório. A estrela do espetáculo foi o piloto Euclides Pinheiro, que demonstrou a arte de dirigir um automóvel apoiado apenas em duas rodas. 

Pinheiro era recordista na habilidade de manter um automóvel nessa posição. O evento foi uma promoção da General Motors, representada pelos veículos Opala e Chevette  e da Companhia Geral Acessórios.

Um dia antes, os revendedores da Ford para Pelotas e Rio Grande da época (Mesbla, Klinger, Bertoldi e Satte Alam) promoveram um espetáculo com outro piloto, Jota Cardoso, e sua equipe. Durante a ação os motoristas especializados mostram várias proezas ao volante de carros da marca Corcel. 

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 20 anos

Marcos Pasquim substitui Henri Castelli no Moda Pelotas

O ator Marcos Pasquim substituiu o também ator Henri Castelli como estrela principal do 4º Moda Pelotas, que ocorreu no Centro de Eventos do município. Pasquim foi atração no último dia do evento, em 20 de outubro de 2004. 

Na época, o ator e modelo era sensação nas telenovelas da TV Globo e havia encerrado a sua participação em Kubanacan, em janeiro daquele ano. O Moda Pelotas era o maior evento fashion da Zona Sul, com a participação de 30 marcas, entre locais e nacionais. Naquele desfile, com moda primavera/verão, o público chegou a pouco mais de três mil pessoas. 

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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