Otávio da Rocha promete modernizar Porto Alegre

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Otávio da Rocha promete modernizar Porto Alegre

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Atualizado terça-feira,
15 de Outubro de 2024 às 15:37

“Vou trabalhar com afinco para melhorar a nossa bela capital. Para isso conto com o apoio decisivo do presidente Borges de Medeiros, a quem considero mestre em todos os assuntos administrativos”, disse ao jornal A Opinião Pública o político Otávio Francisco da Rocha (1877-1928), nas vésperas de sua posse como intendente de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de outubro de 1924. 

Nascido em Pelotas, Rocha falou ao jornal A Opinião Pública sobre o seu programa de governo, o intendente prometia fazer melhoramentos com recursos da receita do município, como iluminação pública, calçamento e abertura de ruas, cujos prédios estavam desapropriados. “Outros não é possível levar a efeito senão pelo crédito, como o desenvolvimento de serviço de águas, tratamento d’água, abertura de ruas. O meu primeiro trabalho será fazer  rever o plano de remodelação da cidade e depois de assentados os pontos a modificar, procurarei em recorrer ao crédito”, disse.

A administração de Rocha foi finalizada em fevereiro de 1928, meses antes do final de seu governo, devido à morte do intendente. O pelotense morreu em decorrência de complicações de uma úlcera gástrica. O vice-prefeito, Alberto Bins, foi seu sucessor.

Apesar da morte prematura, Otávio Rocha marcou sua administração pela ampliação de avenidas, criação de bulevares e rótulas. Seus feitos, ao tentar modernizar a cidade e com isso derrubar antigos casarões e cortiços, até hoje são comparados às atuações de nomes como o do Barão de Haussmann (1809-1891), em Paris, ou o de Francisco Pereira Passos (1836-1913), no Rio de Janeiro.  

Também ampliou a rede de iluminação pública e a distribuição de água tratada. Porém as obras trouxeram dívidas à intendência, que encontrou no aumento de taxas a forma de cobrir os custos. Na época foram implementados novos impostos sobre: as profissões, os divertimentos, o comércio e a indústria, a caridade, a conservação de ruas e estradas e os serviços de coleta de lixo, entre outros. Seu nome hoje está presente no cotidiano na capital em um viaduto e uma praça, no centro histórico. 

Capital dos gaúchos passou por modificações urbanísticas entre 1924 e 1928 (Reprodução)

Carreira militar

Apesar de ter nascido em Pelotas, Rocha completou os estudos secundários no ginásio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo. Em 1891, ingressou no  Exército, formando-se em como engenheiro militar, em 1901, pela Escola Militar da Praia Vermelha. De volta ao Rio Grande do Sul, fez estágio na estrada de ferro Rio Grande-Bagé, servindo na guarnição de Rio Grande até 1903. 

Otávio Rocha nasceu em Pelotas, mas construiu carreira militar fora do município (Reprodução)

Frequentou a Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo e em seguida foi para a Escola Militar de Porto Alegre, onde permaneceu até 1909, quando foi eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Riograndense. Atuou ainda como professor de geometria e aritmética no Colégio Júlio de Castilhos.

Fontes: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org 

Há 50 anos

Diferentes atividades marcam os 51 anos do CAVG 

O 51º aniversário do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça foi celebrado no dia 12 de outubro de 1974 com missa na capela do educandário, seguida por show musical e projeção de slides sobre a arte italiana. No almoço foi servido churrasco para professores e alunos. O dia foi encerrado com uma série de atividades esportivas. A banda do CAVG também desfilou pelas ruas centrais da cidade.

Um antigo patronato

Em 15 de outubro de 1920, o intendente, Pedro Luís Osório, solicitou ao ministro da Agricultura, Ildefonso Simões Lopes, a criação de um patronato agrícola em Pelotas. Um mês depois foi promulgada a lei 144, do Conselho Municipal, cedendo ao Governo Federal 200 hectares para a localização do patronato, que recebeu a denominação de Visconde da Graça em homenagem ao ministro pelotense. A fundação ocorreu em 12 de outubro de 1923.

Pouco tempo depois, em 1934, o patronato foi extinto e a instituição passou a se chamar  Aprendizado Agrícola Visconde da Graça, com uma nova organização e um programa de ensino. Em 1947 foi transformada em Escola Agrotécnica. Em 1961, foi desvinculada do Ministério da Agricultura e passou a fazer parte do Ministério da Educação, passando dois anos depois de escola para o formato de colégio agrícola. Denominação adotada em 1964, originando a sigla CaVG.

Da UFPel para o IFSul

Dois anos depois, um decreto presidencial estabeleceu a transferência das escolas de ensino técnico para as Universidades. Em 2008 foram criados os Institutos Federais de Educação e em 2009, a comunidade do CaVG, por voto, decide por sua integração ao IFSul, o que foi efetivado em 2010, quando passou a ser denominada por câmpus Pelotas – Visconde da Graça.

Fontes: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; site ifsul.edu.br

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