Acusado de tentar matar seis policiais começa a ser julgado
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Terça-Feira3 de Dezembro de 2024

Rio Grande

Acusado de tentar matar seis policiais começa a ser julgado

O depoimento da policial Laline Almeida Larratéa, baleada na cabeça, foi o mais marcante do dia

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Atualizado terça-feira,
15 de Outubro de 2024 às 17:24

Acusado de tentar matar seis policiais começa a ser julgado
Policiais prestaram depoimento nesta terça-feira. (Foto: Juliano Verardi)

Começou nesta terça-feira (15), em Rio Grande, o júri de Anderson Fernandes Lemos, acusado de tentar matar seis agentes da Polícia Civil, em 2022, durante uma operação policial. Todas as vítimas foram ouvidas em plenário, entre elas, Laline Almeida Larratéa, atingida por um tiro na cabeça durante a ação de cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do réu.

O depoimento dela ocorreu por videoconferência e foi o mais marcante do dia. O Tribunal do Júri é presidido pelo juiz de Direito Bruno Barcellos de Almeida e é formado por cinco juradas e dois jurados. A tarde foi de depoimentos de seis testemunhas e o interrogatório do réu.

Durante o dia, o caso, ocorrido no dia 1º de abril de 2022 foi relatado várias vezes. Os agentes da Polícia Civil lotados na Draco desencadearam uma operação contra o narcotráfico. Uma das equipes cumpria mandado de busca e apreensão na casa do réu, no bairro Querência, suspeito de organização criminosa e tráfico de drogas. De acordo com os policiais, o suspeito era ligado às lideranças de facções criminosas e considerado de extrema periculosidade. Aquela não foi a primeira vez que houve buscas no local.

Laline

A policial Laline disse que não recorda muito bem dos fatos, pois o ferimento afetou a sua memória e também suas emoções. Ela contou que passou por quatro cirurgias e que ficou cerca de 40 dias internada no hospital. Afirmou que sempre tentou ser mãe e que, após o ocorrido, as sequelas afetaram a relação com a filha de três anos. Houve uma mudança de comportamento, com maior irritabilidade com a criança, e também a separação do marido.

Até hoje a agente faz uso de medicação e acompanhamento psicológico. Ela também contou que a perda da memória recente ainda perdura. Com 12 anos de carreira, Laline está retornando ao trabalho na área administrativa.

A agente informou que só consegue lembrar que os policiais chegaram gritando “polícia” e que aí começaram os disparos. “Fui alvejada e socorrida pelo helicóptero da Polícia Civil, levada para a Santa Casa, onde foi feita cirurgia para retirada do projétil”.

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