O erro em limitar os debates
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira25 de Novembro de 2024

Editorial

O erro em limitar os debates

O erro em limitar os debates
Candidatos optaram por participar de apenas três debates no segundo turno. (Foto: Jô Folha)

Em documento assinado pelos partidos políticos no segundo turno da eleição de Pelotas, Fernando Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL) recusaram a participação no debate promovido em conjunto por A Hora do Sul e pelas dez entidades empresariais que compõem a Aliança Pelotas. Outros veículos de imprensa pelotenses também ficaram de fora da escolha promovida em um raro alinhamento entre PT e PL, que de mãos dadas optaram apenas por debates que atendem a seus interesses particulares.

Algumas considerações se erguem fundamentais diante dessa estranha decisão. Entendemos a relevância do trabalho de corpo a corpo e das visitas às comunidades, usadas como argumentos para declinarem do debate proposto pelo A Hora do Sul. Por outro lado, a justificativa se contradiz uma vez que o debate tem a capacidade de impactar e alcançar infinitamente mais pessoas do que se os candidatos empenharem o mesmo tempo caminhando pelas ruas.

Outro ponto é o documento. A Hora do Sul propunha extrair do debate um documento impresso onde estariam detalhadas as promessas de Marroni e Perondi para os temas mais centrais da cidade. As dez entidades que compõem a Aliança Pelotas, junto com a equipe de jornalistas do A Hora do Sul, listaram os principais eixos de desenvolvimento e também as mazelas mais críticas de Pelotas para construir os questionamentos levados aos candidatos.

Todos os projetos e promessas feitas em cima destes temas seriam reunidos numa edição especial do Jornal A Hora do Sul. Para os próximos quatro anos, o material serviria como uma bússola para a sociedade e a nossa Redação, até porque os planos de governo protocolados na Justiça Eleitoral são genéricos e superficiais.

Ao se limitarem em participar de apenas três debates, os dois candidatos que disputam o segundo turno de Pelotas se esquivam de assumir compromissos publicamente e não permitem comparações mais aprofundadas. Marroni e Perondi apresentam ideologias antagônicas e apresentam soluções divergentes para os problemas de Pelotas. Mais um motivo para debates aprofundados e conduzidos para atender o interesse do eleitor e não para favorecer narrativas politiqueiras ou de ataques pessoais que no fim nada contribuem para o futuro da cidade.

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