Nesta 98ª edição, a Expofeira de Pelotas também foi pensada para o acolhimento do público infantil. Até esta sexta-feira (11), mais de duas mil crianças já haviam passado pela Fazendinha, um espaço totalmente dedicado à conexão dos pequenos com a vida no campo.
No pavilhão, as crianças têm uma oportunidade que na zona urbana é rara: ter contato direto com os animais responsáveis por boa parte dos alimentos consumidos por elas, como o leite, a carne e o peixe. Com isso, a feira é uma boa opção para um passeio comemorativo ao Dia das Crianças.
Durante todo o dia a Fazendinha foi tomada por crianças curiosas e atentas às explicações dos responsáveis pelos estandes. Das dezenas de coelhos às vacas, ovelhas, cavalos e inclusive tilápias, os visitantes queriam chegar o mais próximo possível para ver e tocar os animais que podiam.
Chaiane Peluffe aproveitou para levar os dois filhos à feira. Para ela, oportunizar a convivência com os bichos é uma maneira de ensinar o cuidado e o respeito com a natureza. “É muito importante para eles terem contato com os bichinhos, aprenderem a cuidar, a respeitar, faz muito bem para eles esse convívio. Sair um pouco dos celulares também”, diz.
A percepção dos visitantes
O filho de Chaiane, João Pedro, oito anos, visitou todos os espaços com animais, mas ficou encantado mesmo com os coelhos. “Gostei de pegar, é muito fofinho”. Já a irmã Mariana, 11 anos, preferiu os pôneis, pequenos cavalos que ela nunca tinha visto pessoalmente. “Por mim, eu passaria várias vezes aqui”, diz sobre querer retornar no domingo.
Oportunidade de socialização e ensino
Além da visitação com familiares, a criançada também é levada para a Fazendinha pelas escolas dos municípios. Na sexta-feira, um dos educandários presentes era o Colégio Municipal Pelotense com turmas de pré-escola. De acordo com uma das professoras responsáveis pela visita, a atividade proporciona a interação psicossocial das crianças com um ambiente.
“É Dia das Crianças e a gente vive muito só dentro da escola e fora a realidade delas é televisão e celular, não tem mais contato com bichos, plantas, com a terra”. Além disso, o espaço da Fazendinha também propicia o ensino em sala de aula. “Contribui com conhecimentos gerais. A gente tem a ciência, a geografia e conseguimos encaixar no ensino multidisciplinar”.
Uma das alunas presentes, a pequena Lívia, cinco anos, estava conhecendo os primeiros animais de médio e grande porte. “O boi e a ovelha, o boi eu nunca vi, a ovelha já vi agora e é bem legal”, relata sobre o que mais chamou a sua atenção.
O sucesso da Fazendinha
Com o propósito de aproximar as crianças desde cedo das práticas e da vida no campo, a Fazendinha tem sua primeira edição na 98ª Expofeira com o objetivo de ensinar de forma divertida sobre o cuidado com a natureza e a produção de alimentos.
Presidente da Associação Rural, Augusto Rassier ressalta a grande adesão ao espaço. “Tem sido um sucesso o projeto para trazer as crianças para o parque. Estamos muito satisfeitos até aqui e com a expectativa de ter o parque cheio nos próximos dois dias”, afirma Rassier.
A Expofeira vai até domingo com a Fazendinha aberta durante todo o dia para recepcionar os pequenos.