A 98ª Expofeira de Pelotas segue movimentada e o Centro de Manejo da Associação Rural de Pelotas (ARP) está com plena programação. Nesta terça-feira (8), começou o julgamento de admissão de touros, com a raça Montana pela manhã, e os da raça Angus, na parte da tarde.
O julgamento de admissão é um processo técnico que avalia se os animais atendem aos padrões específicos da raça que pertencem. O protocolo é conduzido por especialistas que verificam características físicas, comportamentais e genéticas dos touros.
Na inspeção da raça Angus, destinada à produção de carne, dez animais passaram pelos bretes, onde são avaliados, marcados e pesados, por profissionais zootecnistas e veterinários. Jaqueline Fadrique, da Inspetoria Veterinária de Pelotas, participa da análise dos touros antes de entrarem nos curros. Nessa parte se confere a documentação sanitária, exame de tuberculose e brucelose bovina, além de nota fiscal e registros dos animais.
“Nós conferimos se os animais não apresentam nenhuma enfermidade infectocontagiosa, carrapato, verrugas ou fungos. A gente faz um apanhado geral da saúde deles”, explica Jaqueline. “Os técnicos da raça que fazem a admissão e a pesagem dos animais. Eles têm uma tabela de peso. Tem que estar de acordo para participar”, acrescenta.
Critérios de análise
Proprietário de animais, Rogério Assis acompanha o procedimento apoiado no curral de espera. Ele esclarece que o julgamento de trios analisa três animais homogêneos, ou seja, do mesmo tipo e com pesos semelhantes. “Em um animal se olha a quantidade de carne, a costela, a pureza racial, aprumos, para classificar o animal ideal que possa ir ao campo trabalhar”, pontua.
Legado de família
Quem também aproveita o evento para conferir a passagem dos animais dentro do curral de espera para o brete de pesagem é o médico veterinário, Klaus Viñas, de 29 anos. Ele visita a feira em todas as edições. Neste ano, acompanhado do filho de dois anos, com o objetivo de habituar a criança ao meio rural desde cedo.
“É fundamental que a criança tenha contato com a natureza e o agronegócio desde pequeno, para que perca o medo e comece a ser incentivada, como uma diversão. Conforme forem passando os anos, quando ficar adolescente, já vai querer vir para a exposição, trazer algum bicho, e daqui a pouco trabalhar nisso como eu trabalho”, projeta o pai.