Os dados da matéria sobre a faixa etária do eleitorado de Pelotas refletem o que outros indicadores já apontam: a população está envelhecendo. Em menos de cinco décadas, os idosos serão quase 40% dos brasileiros. Até lá, como nossas cidades estão se preparando? É preciso que haja infraestrutura que torne as ruas seguras para os idosos e que sejam pensadas ações para garantir uma terceira idade saudável, independente e ativa física, mental e economicamente.
Nestas eleições, as preocupações dessa camada da sociedade são pouco ou nada refletidas nas propostas dos candidatos. Em Pelotas, é uma pena que esse tema surja em torno de um etarismo imaturo e ultrapassado para questionar a capacidade de um candidato. Enquanto isso, pouco se fala sobre como iremos preparar nossa cidade para os idosos do futuro.
Já o número de adolescentes interessados em votar cresceu, mas ainda não retrata o que esses jovens representam na população. Sinal de que a política pouco cativa os mais jovens, que não se sentem representados pelo que os políticos têm a dizer e só vão às urnas por obrigação após os 18 anos. Sem participar ativamente das decisões e sem um incentivo para se aproximar da política, perdem a oportunidade de fazer sua voz ser ouvida.
Às vésperas das eleições, cabe aos políticos dar um motivo para os jovens e os idosos saírem de casa num domingo. Candidatos, o que têm para oferecer a esses eleitores?