Coronel Pedro Osorio ganha homenagem em forma de monumento
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira3 de Dezembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Coronel Pedro Osorio ganha homenagem em forma de monumento

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Atualizado sexta-feira,
20 de Setembro de 2024 às 18:22

A praça Coronel Pedro Osorio recebeu, há 70 anos, um monumento em homenagem ao seu patrono, o charqueador, militar e político brasileiro. A obra foi criada e realizada pelo escultor pelotense Antonio Caringi (1905-1981), atendendo uma encomenda da Associação Comercial que, com ajuda da comunidade, realizou a empreitada.

Isabel Torino chama a atenção para os detalhes da obra de Caringi (Foto: Ana Cláudia Dias)

Segundo a restauradora Isabel Halfen da Costa Torino, Caringi apresentou as maquetes em 1953 e a obra foi inaugurada em 20 de setembro de 1954, ano do centenário de nascimento de Osorio. A cerimônia contou com discursos do jurista Mozart Victor Russomano e do prefeito Ildo Meneghetti, além de banda e da presença de outras autoridades e convidados.

Evento concorrido teve discurso do jurista Mozart Victor Russomano (Reprodução)

Isabel destaca o baixo relevo em bronze de cinco metros de extensão, sobre o granito branco, que narra a vida de Pedro Osorio, a partir de elementos que simbolizam a pecuária, a presença da mão de obra agropastoril, a colheita do arroz e a vida campeira. Na parte de trás o escultor apresenta uma família representando as três idades do trabalho. 

Extremamente cuidadoso, o escultor caprichava em detalhes que traziam mais vida a suas obras, mesmo que eles não fossem vistos à distância. Isabel, que recentemente finalizou o doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pesquisando a vida e a obra de Caringi, relembra que na mesma praça há outras obras do autor do Laçador, da capital: 0 monumento às mães e os bustos do doutor Amarante e do médico José Brusque.

 Reverências nas estações ferroviárias

Apesar de ser admirado pela comunidade pelotense, Pedro Osorio nasceu em Caçapava do Sul, em 1854, e morreu em 28 de fevereiro de 1931, em Palmeira das Missões. Porém o sepultamento ocorreu em Pelotas. Como o corpo foi transportado de trem e foi necessário que se fizesse uma parada nas estações ferroviárias, desde Cruz Alta, passando por Tupanciretã, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Bagé, Pedras Altas, Cerro Chato, Piratini, Arroio Grande, Passo das Pedras, Capão do Leão, Teodósio até Basílio. Em todas elas a memória de Osorio foi homenageada pela população e pelas autoridades. O enterro foi o maior ocorrido em Pelotas, calcula-se que cerca de 20 mil pessoas participaram da cerimônia de despedida. 

Cortejo fúnebre foi o maior que já ocorreu em Pelotas (Foto: Reprodução)

O Rei do Arroz

“Imediatamente após a morte dele, a praça da República passou a se chamar Coronel Pedro Osorio, conhecido também como “Rei do Arroz”. Na época foi dado o início de uma mobilização para se erguer um monumento para ele”, conta Isabel. 

A pesquisadora e professora Vera Rheingantz Abuchaim, bisneta do político, diz que Osorio marcou seu nome na história da região pelo plantio do arroz. “E pela enorme quantidade de lavouras que ele tinha por isso chamavam ele o rei do arroz. Ele ensinava todo mundo e ajudava financeiramente as pessoas que queriam plantar e não tinham dinheiro. Ele queria tornar o Brasil independente da importação do arroz italiano e conseguiu”, explica a autora da biografia O tropeiro que se fez rei

Há 50 anos

Museu Júlio de Castilhos abre exposição na BPP

Foram expostas 40 obras do acervo do Museu da capital (Foto: Reprodução)

Integrando as comemorações da Revolução Farroupilha em Pelotas foi inaugurada no dia 20 uma exposição  do Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, na Bibliotheca Pública Pelotense. Montada nas salas de leitura do andar térreo do prédio, a mostra foi promovida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura em parceria com o Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e Cultura do Estado. 

Foram apresentadas 40 peças, entre elas uma Nossa Senhora das Missões (obra indígena), uma cruz de prata da Missão São Luiz das Missões e um sabre da época imperial, oferecido ao brigadeiro Sebastião Xavier de Carvalho e Souza pelo Imperador Dom Pedro II, entre outros artefatos de valor histórico. 

A mostra foi de curta duração, de sexta até o domingo, dia 22 de setembro de 1974. Por este motivo a BPP ficou aberta ao público durante todo o final de semana, incluindo o turno da noite. 

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Campeonato brasileiro de futebol não terá estrangeiros

Um telegrama do Rio de Janeiro, reproduzido pela imprensa local, anunciou que no próximo campeonato brasileiro de futebol, que seria iniciado em 1º de novembro de 1924, só poderiam participar dos certames nacionais brasileiros natos ou naturalizados.

O jornal A Opinião Pública relembrava que, na presidência de Augusto Simões Lopes, o  Grêmio Esportivo Brasil, por meio da diretoria, chegou a conversar com outros diretores do futebol gaúcho para que juntos apresentassem proposta semelhante. Porém a iniciativa não foi bem-aceita porque era raro o clube de futebol do Estado que não tivesse atletas uruguaios em seus plantéis.

Fonte: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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