“Chego com uma régua bem alta”
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Quarta-Feira27 de Novembro de 2024

Entrevista

“Chego com uma régua bem alta”

João Carlos Miranda, novo CEO da Biscoitos Zezé, fala sobre o desafio no comando da empresa pelotense

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Atualizado terça-feira,
10 de Setembro de 2024 às 11:38

“Chego com uma régua bem alta”
João Carlos Miranda comenta sobre a responsabilidade à frente da empresa. (Foto: Divulgação)

Qual tamanho do compromisso e responsabilidade de suceder uma empresa com gestão familiar de 56 anos?

O tamanho desse compromisso é diretamente proporcional a responsabilidade e afirmo isso em função de tudo o que a Zezé representa para a comunidade, para seus profissionais, fornecedores, clientes e consumidores!! Além disso é uma empresa que chega aos 56 anos muito bem administrada, então chego com uma régua bem alta. Claro que com expectativa, por parte de todos, inclusive minha, de entregas superiores.

A Zezé fala em projeto de 100 anos. O mercado fala cada dia mais na dificuldade de fazer planejamentos de longo prazo. Como se faz, nos tempos atuais, um planejamento que possa garantir sustentabilidade para várias décadas?

Cem anos é o norte e é ao mesmo tempo um marco importantíssimo. Mas esse planejamento não será feito em um único momento, ele será dividido em planejamentos estratégicos menores, que corresponderão a períodos de três, no máximo de cinco anos, e com revisitações anuais para que possamos adequá-lo as mudanças, que é certo que ocorrerão, quer no mercado, quer nos hábitos de consumo, entre outros.

Em linhas gerais, o que muda na Zezé a partir da chegada de João Miranda e a saída da família Ruivo?

Em primeiro lugar ressalto que a família Ruivo só está deixando, de uma maneira muito bem pensada e planejada, e com minha experiência posso dizer que está sendo feita de maneira excepcional, a saída da operação do dia a dia, mas ao mesmo tempo está indo para o conselho de administração da cia, então a família Ruivo continuará no negócio. Claro que de uma maneira, com um olhar, muito mais estratégico, de médio e longo prazo, mirando a qualificação do negócio, através de estudos de novas áreas de atuação, avaliando possibilidades de novas linhas de produto, e expansão por exemplo. Ou seja, objetivando o sucesso aos 100 anos.

Qual é a trajetória de João Miranda até chegar à Zezé?

Sou formado em Engenharia Mecânica com pós-graduação em Comércio Exterior e trabalhei na Defer Fertilizantes em Rio Grande, na AmBev, começando como gerente aqui na regional Sul e depois em várias regiões do Brasil. Após na BRF/Sadia, e antes de chegar na Biscoitos Zezé estava na Bebidas Fruki.

 

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