Em média são emitidos por dia útil, 450 avisos de irregularidades a veículos no estacionamento rotativo de Pelotas por falta de pagamentos. O número representa em torno de 8% do valor em relação ao número de pagantes. Mesmo diante de punições como o guinchamento a partir do acúmulo de três multas e restrição de crédito no nome do usuário, os condutores ainda permanecem inadimplentes.
Com um aparelho na mão, Vivian Taborda percorre as zonas azuis para verificar placa por placa de veículos estacionados se todos estão com os pagamentos regularizados. Alguns estão há mais tempo na vaga do que o período selecionado de crédito, outros nem ao menos pagaram para usar o estacionamento.
A monitora, que trabalha há sete anos na fiscalização, relata que diariamente ela emite ao menos cem multas. “É muita gente que não coloca o tíquete, o pessoal só estaciona e sai. A gente chega para fiscalizar os carros, acaba multando e eles ficam bravos [os condutores], é bem complicado”, relata.
Multa
De acordo com a monitora, a partir de três multas os agentes de trânsito do município são chamados pelos fiscais da Serttel, empresa que administra o sistema.
“Eles vêm e dão as multas deles, alguns guincham e outros não”, diz. As notificações do estacionamento rotativo por exceder o tempo permitido na vaga ou pela falta de pagamento varia entre R$ 11,10 e R$ 18,20. As multas podem ser pagas pelo aplicativo ou com os próprios monitores da zona azul.
Recurso que deixa de ser investido
Conforme a Secretaria de Transporte e Trânsito (STT), o município recebe 26% de todo o faturamento do estacionamento rotativo, o que gira em torno de R$ 100 mil mensalmente, a depender do faturamento do sistema. O recurso é investido em ações de mobilidade urbana de forma geral, como sinalizações horizontal e vertical das vias e outras iniciativas de mobilidade e é impactado pela inadimplência dos usuários.