SindVestSul avalia principais desafios para o setor
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira18 de Setembro de 2024

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SindVestSul avalia principais desafios para o setor

Entidade cobra a criação de políticas pública para a indústria com foco em inovação e benefícios fiscais para o desenvolvimento

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SindVestSul avalia principais desafios para o setor
Presidente Delorges Duarte é o 5º entrevistado da série sobre caminhos ao desenvolvimento. (Foto: Divulgação)

O Presidente do SindVestSul, Delorges Antônio Duarte, é o quinto convidado da série caminhos ao desenvolvimento – entrevistas propostas pelo Jornal A Hora do Sul para identificar dificuldades, possibilidades e expectativas de diferentes setores de Pelotas frente ao novo governo municipal. Além de Pelotas, o sindicato também tem atuação nos municípios de Rio Grande, Canguçu e Bagé. Entretanto, as avaliações são pertinentes à cidade de Pelotas.

Desafios

Representando a categoria, na avaliação de Duarte são três os principais desafios mapeados. Como primeiro, falta mão de obra qualificada para o ramo de artigos do vestuário industrial; e segundo a dificuldade atual que as empresas têm para preenchimento do quadro de trabalhadores. “As pessoas não mostram interesse em se qualificar. Recentemente realizamos pelo SindVestSul em parceria com o Senai RS, um curso para costureiro industrial, totalmente gratuito, e tivemos uma dificuldade enorme para conseguir interessados para preencher todas as vagas”, comenta.

Como terceiro desafio, as dificuldades de acesso ao crédito. Também listada, a criação de um Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) com juros subsidiados e desburocratização no acesso aos recursos. “Seria interessante a criação de uma linha de crédito específica. Da mesma forma, juros subsidiados, carência mínima de 12 meses e 72 meses para pagamento com liberação simplificada”, avalia o presidente.

Contribuições

Dentre as contribuições do próximo governo municipal à categoria, o SindVestSul sugere a criação de um grande condomínio destinado a MEI e ME Industrial para fabricação de roupas nos mais diversos segmentos. “Deveria ser investido na compra de 40 máquinas de linhas, reta, over, galoneiras e caseadeira, investimento baixo visto que possuem custo reduzido”, aponta.

Na avaliação de Duarte, também seria importante a compra de uma máquina computadorizada de corte a laser, no valor de R$ 2 milhões. “Com um único operador, a máquina estaria à disposição de todos, que pagariam um valor unitário por peça cortada. O equipamento executa corte de altíssima qualidade com grande produtividade e aproveitamento de 98% dos tecidos”, explica.

Como peça-chave do possível empreendimento, a criação de uma central de compras para adquirir matérias primas por preço menor. “Este projeto é de fácil execução, basta o poder público municipal tomar iniciativa em realizar parcerias. Teríamos certamente o apoio do SindVestSul, Fiergs, Unisind, Senai e Sebrae, gerando qualificação da mão de obra, renda e emprego”, diz.

Expectativas

Para os próximos quatro anos, a expectativa da categoria é a criação de políticas públicas para a indústria com foco em inovação, benefícios fiscais e uma política voltada ao desenvolvimento. “Precisamos de mecanismos que tragam novas indústrias; ainda tornar público as vantagens que os empresários terão ao instalarem suas indústrias aqui”, completa.

Investimento em educação, isenção de taxas para quem tem apenas um imóvel e ganhe salário-mínimo; redução na contratação de cargos em comissão e valorização dos cargos concursados são listados como as expectativas para o próximo período. Dentro delas, também estão qualificar a comunicação entre gestão municipal e empresários; seleção criteriosa do novo secretariado; maior investimento nas pequenas empresas e nas pessoas de baixa renda com aporte ao desenvolvimento social.

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