Instalação dos radares de velocidade deve levar até um ano
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Trânsito

Instalação dos radares de velocidade deve levar até um ano

Trecho da avenida Presidente João Goulart, na BR-392, é o único que atravessa a zona urbana da cidade

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Atualizado segunda-feira,
02 de Setembro de 2024 às 10:44

Instalação dos radares de velocidade deve levar até um ano
Falta do radar pode gerar insegurança no trânsito, principalmente dentro do perímetro urbano (Foto: Jô Folha)

Pelotas é um dos 15 municípios do Estado que estão sem controladores de velocidade em rodovias federais. Na cidade, os seis equipamentos de fiscalização de tráfego que operavam na avenida Presidente João Goulart, na BR-392, foram retirados em maio devido ao encerramento do contrato com a empresa responsável pelos controladores. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a instalação dos novos radares pode demorar até um ano.

Conforme a autarquia, os contratos dos controladores eletrônicos de velocidade no Rio Grande do Sul foram encerrados em maio. A nova contratação realizada para a reposição dos radares teria sido iniciada em abril. Entretanto, haveria etapas que precedem a efetiva operação de equipamentos, como a elaboração dos Estudos de Viabilidade e Técnico, bem como a sua aferição pelo Inmetro.

Considerando o cronograma previsto em edital, todos os pontos de controle eletrônico de velocidade previstos deverão estar em funcionamento entre setembro de 2024 e setembro de 2025, escalonados ao longo do tempo. No entanto, o departamento ressalta que a situação de calamidade do Estado poderá afetar os prazos contratuais previstos em algumas localidades afetadas.

Nas rodovias das cidades com contratos vencidos havia 298 faixas monitoradas, já a nova contratação prevê o monitoramento de 348 faixas. Segundo o Dnit, o contrato está em fase de estudo das localidades e quais terão o monitoramento descontinuado, se houver, e quais novas serão adicionadas.

O trecho

Quando os radares operavam, na avenida Presidente João Goulart, o limite de velocidade era de 50 quilômetros por hora. Isso porque o trecho de rodovia é o único que atravessa o perímetro urbano de Pelotas e devido à proximidade da faixa com vias habitadas, podendo ocasionar conflitos entre veículos e pedestres. Conforme último levantamento do DNIT, de 2021, na época anualmente cerca de mais de um milhão de veículos circulavam na via.

Os impactos

Para a especialista em transportes terrestres e professora do Centro de Integração do Mercosul da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Raquel Holz, sem os controladores de velocidade a tendência é que os motoristas não respeitem os limites de velocidade, aumentando o risco de acidentes. “O maior impacto é a segurança. Não ter os controles pode aumentar a insegurança, aumentar a velocidade de alguns veículos além do permitido, causar mais acidentes de trânsito.”

Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Rio Grande, Dieck Senna, diz que no trecho de Pelotas os controladores são ainda mais necessários, principalmente por causa da proximidade com bairros. “Para que tenha segurança ao próprio pedestre que precisa cruzar a rodovia. Esperamos que todos possam ter consciência e obedeçam aos limites de velocidade da estrada, se todos tivessem conscientização no trânsito nós não precisaríamos de radar”.

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