Uma cerimônia no dia 30 de julho de 1924, marcou o assentamento da pedra fundamental do novo prédio do Clube Carnavalesco Saca Rolhas de Rio Grande, na rua Marechal Floriano esquina com a rua Fernando Duprat da Silva. O evento da tradicional entidade chegou ao noticiário pelotense.
O Saca Rolhas foi uma das mais antigas entidades carnavalescas da Zona Sul, com data de fundação em 16 de março de 1876. Apesar da data oficial, o clube estreou na folia rio-grandina no carnaval iniciado em 27 de fevereiro deste mesmo ano.
Os sócios fundadores foram: Tito Job, Acácio Gabriel de Alcantara, Alberto de Oliveira Monteiro, Manoel Joaquim Estrella, Delphim M.Vianna, José Pedro Costa, José Antônio Oliveira, Constantino Alves Amorim, Alfredo Feio Louzada, Joaquim L.S.Pias, Adolpho Canarim, Érico Victor Peixoto, Pedro Carlos Peixoto da Silva e Joaquim Fernandes Moreira. Os dois últimos, juntamente com Antônio Alves da Silva, criaram em 6 de janeiro de 1880 uma banda musical e logo a seguir começou a funcionar uma Estudantina.
De entidade carnavalesca, logo a entidade passou a oferecer diferentes atividades que completavam o entretenimento dos associados e até a sua educação. Na década de 80, do século 19, por exemplo, a direção da entidade ainda inaugurou a biblioteca e o Grêmio Dramático. Na sede ainda funcionavam aulas, proporcionando educação aos sócios.
No artigo Clubes Sociais e os espaços de negritude no Rio Grande do Sul, dos doutores Cassiane de Freitas Paixão e Marcus Vinicius Spolle, o Saca Rolhas é elencado como uma das sociedades mutualistas.
Até a década de 1930 o clube deixou de desfilar apenas 1886,1890, 1891 a 1897, 1900, 1906 e 1909. A primeira sede foi instalada na praça São Pedro, atual Júlio de Castilhos, passando por outros cinco endereços antes da construção do prédio da rua Marechal Floriano. A inauguração ocorreu em 14 de julho de 1925. O clube funcionou neste endereço até a década de 1980, antes de ser extinta.
Fontes: jornal A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Rebuscos: Coisas e Fatos da Cidade/jornal O Tempo, Rio Grande, 1936/Acervo do historiador Ronaldo Morgado Segundo
