Depois de passar por nova manutenção, o histórico chafariz da praça Xavier Ferreira, de Rio Grande, está novamente funcionando. “Semana passada estava passando por uma manutenção de limpeza. Como tem muitas válvulas, tem que estar sempre limpando, se não entope. Mas ele está em pleno funcionamento”, explica o secretário Vinicius Moraes da Silva, da Zeladoria do município.
No ano passado o chafariz, instalado há 150 anos, foi entregue à comunidade, após passar pelo processo de revitalização por cerca de um ano. A atração teve o sistema hidráulico restaurado e recebeu um novo jogo de iluminação colorida.
O município tem três chafarizes históricos, dois deles franceses do final do século 19. Além, da praça Xavier Ferreira há outro na praça da Santa Casa, também recuperado, e outro na Tamandaré, em fase final de revitalização . “Nenhum funcionava, fizemos manutenção em dois e estamos com a previsão de entregar o terceiro que é o da praça Tamandaré”, fala Silva.
Origem francesa
O historiador Ronaldo Morgado Segundo explica que os chafarizes franceses em Rio Grande eram quatro, um deles ficava na Praça 7 de setembro, porém desapareceu. “Não se sabe o fim dele”, comenta. Os outros são os das praças Barão de São José do Norte, atrás da Santa Casa do Rio Grande, e Xavier Ferreira. “O quarto chafariz foi para Pelotas e está na praça General Osório”, explica o historiador.
Chamado das Três Graças, o chafariz da Xavier Ferreira tem a altura de 6,12m e 3,74 metros de largura. Ele é constituído por três estátuas femininas, que representam as divindades mitológicas gregas das Três Graças ou Cárites: Aglae, Tália e Eufrosina, filhas de Vênus, deusa da beleza e da graça. O trio simboliza a alegria, a bondade e o encanto feminino.
O chafariz foi confeccionado pela Fundição Antoine Durenne, foi instalado em maio de 1874 na antiga praça Municipal, mais tarde chamada de Dona Isabel, depois General João Telles e atualmente Xavier Ferreira.