Nova variante do HIV: Pelotas e Rio Grande sem casos até agora
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Setembro de 2024

Saúde

Nova variante do HIV: Pelotas e Rio Grande sem casos até agora

Estudo aponta para um novo subtipo do vírus, com casos no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia

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Nova variante do HIV: Pelotas e Rio Grande sem casos até agora
No ano passado, Rio Grande esteve entre os municípios com maior registro de infecções de HIV (Foto: Divulgação)

Uma nova variante do HIV, o vírus da Aids, foi identificada em pelo menos três estados brasileiros, entre eles o RS. Até o momento, Pelotas e Rio Grande não notificaram casos. Segundo a avaliação dos pesquisadores, a variante é um resultado da mistura genética entre os tipos B e C da doença, que já causam a maior parte das infecções no país.

A recombinante CRF146_BC ainda depende da realização de novos estudos para que se encontre as divergências entre ela e os tipos conhecidos nas taxas de transmissão e evolução da Aids. A autora do estudo, Joana Paixão Monteiro-Cunha, diz que não há evidências que apontem a necessidade de mudar o tratamento da doença. A pesquisa é da da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Rio Grande

De acordo com a titular da Secretaria de Saúde, Zelionara Branco, Rio Grande ainda não recebeu nenhuma informação oficial envolvendo a nova derivação do vírus da Aids até a publicação desta matéria e nenhum caso foi identificado.

No ano passado, Rio Grande estava entre os municípios brasileiros com mais de cem mil habitantes com maiores índices compostos de infecção por HIV, ocupando a nona posição, conforme o Boletim Epidemiológico para HIV e Aids de 2023. O índice composto leva em conta indicadores de taxas de detecção, mortalidade e primeira contagem de CD4, célula de defesa do sistema imunológico, nos últimos cinco anos.

Em 2024, já são 69 notificações de casos de Aids em Rio Grande, o que está dentro da média anual. “Muito se tem identificado pelo aumento da oferta de testagem, para rastreio e detecção de casos”, diz Zelionara.

Pelotas

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Pelotas informou que, até o momento, não foi oficialmente comunicada sobre a pesquisa. Também não houve recomendação específica da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS) sobre a nova forma genética nos protocolos de diagnósticos e tratamento, bem como nas formas de prevenção. Portanto, seguem válidos os mesmos protocolos, como o uso do preservativo, Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

A SMS permanece com todos os serviços à disposição para prevenção e tratamento. Conforme a coordenadora da rede de doenças crônicas transmissíveis prioritárias da SMS, Caroline Félix, os usuários do sistema têm acesso a testes rápidos em qualquer UBS e no Centro de Testagem e Aconselhamento (rua Voluntários da Pátria, 1.428, Centro de Especialidades), além do Prep Itinerante, com eventos mensais em diferentes bairros do município. A SMS também dispõe de autoteste, PEP e o Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

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