Restauro no terraço do Castelo de Pedras Altas traz segurança ao acervo

Patrimônio

Restauro no terraço do Castelo de Pedras Altas traz segurança ao acervo

Em cerimônia nesta sexta-feira (23) foi oficializada a entrega das duas primeiras fases do projeto

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Atualizado quarta-feira,
28 de Agosto de 2024 às 13:42

Restauro no terraço do Castelo de Pedras Altas traz segurança ao acervo
Obras começaram em agosto do ano passado e foi finalizadas um ano depois (Foto: Paulo Rossi)

Terraço foi completamente revitalizado (Foto: Leandro Vieira/Fernovi)

Na tarde desta sexta-feira (23), uma cerimônia para convidados e autoridades oficializou o fim das duas primeiras etapas do projeto de restauro e revitalização do Castelo de Pedras Altas. A obra no andar superior do imóvel terminou com as infiltrações e goteiras que colocavam em risco esse patrimônio estadual. Para desenvolver a proposta, a Associação Castelo de Pedras Altas, realizadora, contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da prefeitura de Pedras Altas. Orçada R$ 2,5 milhões, estas fases da intervenção tiveram recursos oriundos de cotas de patrocínios via Lei de Incentivo à Cultura (LIC-RS) e do patrocínio direto da Fundação Toyota do Brasil.

Construído entre 1909 e 1913 pelo agropecuarista, político e embaixador Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938), o castelo passou pela obra durante todo o último ano. O objetivo foi sanar infiltrações e goteiras que causavam grandes danos à estrutura e ao acervo. Nesta fase a base do terraço, que é a cobertura do Castelo, foi refeita e reforçada.

Acima da laje existente foram sobrepostas sete camadas de diferentes materiais. De acordo com a equipe de restauro, existia um sistema de impermeabilização que não funcionava, além disso essa cobertura era extremamente pesado para a edificação, que começou a rachar. 

Toda a estrutura que existia foi retirada, após foi feito um novo sistema que sobrepõe concreto leve, cimento areia com malha de aço, manta liquida e véu de poliester, isolamento térmico com EPS, mais uma camada de poliester e outras de cimento e malha de aço e por fim o piso de basalto. 

Também foram refeitos os rebocos das paredes e teto do andar abaixo do terraço. As esquadrias das aberturas do segundo andar também foram recuperadas. Neste processo foi descoberta uma parede toda em pedra, que estava recoberta por reboco. Nas paredes que circundam o terraço foram ainda revisados os materiais que costuram as pedras, que apresentavam rachaduras.

Próximas fases

A família Segat, atual proprietário do imóvel, está aos poucos abrindo o local para a visitação pública, mas a projeção é de que o legado de Assis Brasil se constitua em uma atração de turismo cultural, talvez em forma de museu. Ainda este ano entra em ação a terceira etapa do projeto, via lei Rouanet, que vai restaurar o acervo 

A Associação também finaliza outro projeto, a quarta fase, que vai revitalizar a estrutura do térreo, onde estão a biblioteca de Assis Brasil, com  mais de 21 mil volumes, alguns raríssimos, salas de estar e jantar, cozinha e até o quarto do político.

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