Consumidores vorazes de cultura
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira12 de Dezembro de 2024

Dia do Patrimônio

Consumidores vorazes de cultura

Atualizado segunda-feira,
19 de Agosto de 2024 às 09:26

Consumidores vorazes de cultura
Sete de Abril aberto é uma das atrações do Dia do Patrimônio (Foto: Cíntia Piegas)

Nem o tempo feio do final de semana afastou o público dos prédios históricos abertos para mais uma edição do Dia do Patrimônio em Pelotas. Novamente a comunidade deu o seu recado, confirmando que ama consumir cultura, uma parte fundamental da nossa estrutura. O povo não perde jamais as oportunidades de resgatar memórias, conhecer os detalhes da cidade e aproveitar nossas riquezas.

Dessa maneira, cabe cobrar que a cidade reforce essa oferta não somente em dias específicos do calendário. A cada visitação aberta do Sete de Abril, por exemplo, filas aos montes se formam para acessar o nosso teatro público. O Museu do Doce, recentemente, quebrou recorde de visitação durante a Fenadoce. Muito além do potencial turístico, o próprio pelotense ama viver a sua cidade.

Os museus e casarões do entorno da praça são alvos de olhares curiosos ao longo de todo o ano. Logo, precisam estar disponíveis para que sejam vividos pela comunidade. O teatro, fechado há 14 anos, vive de promessas de que agora vai. Vivemos sob a expectativa de retornar em 2024. Tomara! A Baronesa passa por uma reforma para ter sua estrutura recuperada e se consolidar como um parque urbano junto a um espaço histórico. Aos poucos, parte dessa estrutura é entregue à comunidade.

Mas, infelizmente, enquanto alguns dos locais históricos são recuperados, há de se lamentar o fato de o Obelisco em homenagem a Domingos de Almeida, nosso primeiro patrimônio reconhecido, estar praticamente abandonado. Outras praças, como a Piratinino de Almeida e a Cipriano Barcelos, também parte do acervo histórico do município, pouco são usufruídas por questões de estrutura e segurança.

É necessário que se pense no patrimônio histórico e arquitetônico da cidade como um todo, como forma de enriquecer a comunidade culturalmente e, de quebra, atrair turistas. Hoje, por mais que a cidade consuma tudo isso de forma voraz, pouco é ofertado no amplo espectro e menos ainda é feito de forma a consolidar a cidade como um polo de visitação cultural para quem é de fora. É essencial fazer uma cidade agradável para os pelotenses e para os visitantes

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