A Sociedade de Cultura Artística de Pelotas encerra atividades
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Memórias

A Sociedade de Cultura Artística de Pelotas encerra atividades

Grupo foi criado em 1940 por Milton de Lemos e manteve-se aberto até o ano de 1974

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A Sociedade de Cultura Artística de Pelotas encerra atividades

A Sociedade de Cultura Artística de Pelotas encerrou suas atividades em 1974, depois de 34 anos. Criada por Milton de Lemos, diretor do Conservatório de Música, em 1940, seguia os objetivos de outras instituições de mesmo nome, existentes em São Paulo e Rio de Janeiro, que buscavam promover ao menos dez concertos anuais nas respectivas cidades, com artistas reconhecidos no país e fora dele.

A instituição funcionava com o sistema de sócios e concertos por assinatura, chamados de Saraus artísticos. Um texto do livro História iconográfica do Conservatório de Música da UFPel (2005), organizado pela professora e pesquisadora Isabel Nogueira, explica a situação propícia para a atuação da Sociedade, que substituiu iniciativa semelhante, o Centro de Cultura Artística.

“A situação econômica relativamente estável do país nos anos 1940, os convênios realizados com empresas de espetáculo e os contatos pessoais de Milton de Lemos tornaram possível que a Sociedade de Cultura Artística de Pelotas realizasse inúmeros concertos, conferências e eventos artísticos.”

A inauguração ocorreu em 7 de junho com o concerto do pianista chileno Cláudio Arrau. Entre as atividades realizadas no primeiro ano estava o 1º Salão de Belas Artes de Pelotas, com a exposição de obras de nomes como: Leopoldo Gotuzzo, Antonio Caringi, Hélios Seelinger e Ângelo Guido, entre outros. Também trouxe conferencistas, como Erico Verissimo.

Nestes 34 anos, a entidade realizou 305 saraus, entre eventos musicais, teatrais, conferências e exposições. Muitos dos concertistas não passavam por Porto Alegre, optavam por passar por Pelotas a caminho do Rio de Janeiro ou Buenos Aires.

Milton de Lemos dirigiu essa sociedade entre 1940 e 1955, sucedido por mais três diretores, uma mulher e dois homens. Por sua atuação neste período, Lemos recebeu o título de Cidadão Pelotense.

Milton de Lemos era pianista e professor e atuou como diretor do Conservatório a partir de 1923 até 1954, quando passou a trabalhar no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O músico marcou sua passagem pela entidade e por Pelotas, não só como formador de gerações de pianistas, mas principalmente pela condução da entidade, dando projeção nacional à entidade

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