Para aproximar o público da história e da cultura de Pelotas, desta sexta-feira (16) até domingo (18) acontece mais uma edição do Dia do Patrimônio. Com o tema Cultura Alimentar, Patrimônio e Sustentabilidade, neste ano o evento aborda a relação entre a culinária local e o resgate dos modos de produção de alimentos como riquezas da cidade.
Nos três dias de programação, o público poderá participar de visitações guiadas a 15 prédios históricos e museus, além de oficinas, exposições e passeios pelo Centro Histórico.
O patrimônio cultural do município é celebrado anualmente, desde 2013, quando nasceu o evento. Nesta edição, a preservação da gastronomia como elemento que forma a cidade e o cultivo de alimentos locais são questões que serão levantadas nas atividades.
“Pelotas é a capital nacional do doce, é uma cidade que foi formada a partir da produção do charque. Com a Lagoa dos Patos temos relação com a produção de peixes e frutos do mar”, explica a coordenadora do Dia do Patrimônio, Diele Thomasi.
Tradicionalmente, nos locais de visitação, seis cartões postais da cidade são distribuídos ao público com imagens que remetem à temática do Dia do Patrimônio. Desta vez serão fotos de grãos e comidas étnicas dos povos que compõem a região de Pelotas. “Uma delas é das sementes crioulas, como forma de manutenção da biodiversidade por meio da alimentação”, destaca.
Ocupação do patrimônio
Em uma cidade em que há 1,3 mil prédios inventariados, boa parte da população nunca chegou a conhecer o interior dos locais que fazem parte da história de Pelotas, mas não por falta de interesse.
Os monumentos em torno da praça Coronel Pedro Osório, que foram a casa de barões e viscondes, chamam a atenção do público. No entanto, a imponência dos locais acaba se sobrepondo à curiosidade de entrar.
“As pessoas passavam na frente dos imóveis, como a Casa 2, e perguntavam se podiam entrar. Devese entrar, é um patrimônio público”, ressalta Diele. Diante disso, o Dia do Patrimônio foi criado para desmistificar a imagem dos prédios históricos como inacessíveis e para que as pessoas passem a ocupar o acervo arquitetônico do município rotineiramente.
“O Dia do Patrimônio é o ápice da celebração com atividades especiais, mas o patrimônio público está sempre disponível”, complementa.
Símbolos do Dia do Patrimônio, as bandeirolas de diferentes cores e com mais de um metro de comprimento penduradas pelo Centro Histórico e outros monumentos espalhados pela cidades informam o tipo de reconhecimento público do patrimônio.
Bandeiras verdes identificam monumentos com tombamento a nível Federal (Foto: Jô Folha)
Confira o significado das cores
* Bandeirola verde: tombamento federal
* Bandeirola verde clara: espaços reconhecidos como patrimônio cultural
* Bandeirola azul: tombamento municipal
* Bandeirola vermelha: tombamento estadual
* Bandeirola amarela: inventariado
