“Precisamos fazer mais uma vez o nosso melhor jogo”, diz técnico do Brasil
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Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Série D

“Precisamos fazer mais uma vez o nosso melhor jogo”, diz técnico do Brasil

Caranhato admite que xavante tem poucas chances de avançar, mas reforça números do ataque para crer em virada

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Atualizado quinta-feira,
15 de Agosto de 2024 às 17:02

“Precisamos fazer mais uma vez o nosso melhor jogo”, diz técnico do Brasil
Treinador indicou que o volante Araújo será desfalque (Foto: Jô Folha)

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), horas antes da viagem para Brasília, o técnico Marcelo Caranhato projetou o duelo decisivo desde domingo contra o Brasiliense, às 15h30min. O treinador xavante admite a pequena possiblidade de garantir a classificação após perder de 4 a 1 no Bento Freitas, mas lembra que sua equipe vem marcando vários gols desde a sua contratação como forma de ter esperança de avançar de fase.

“Primeiro, não errar. E segundo, voltar a ser um time agressivo, que em toda jogada deposita uma energia muito grande para ganhar duelos. O caminho é esse. […] Você não faz o terceiro antes do primeiro. E essa linha de raciocínio em relação ao que a gente vem fazendo de gols se fortalece fora de casa. Fizemos mais que um gol contra Novo Hamburgo, Barra e Água Santa. Então é possível. É difícil? Muito difícil. O favorito a passar de fase é o Brasiliense. A gente precisa ter lucidez nesse momento, mas não está definido o confronto. Há 90 minutos ainda e o futebol é muito dinâmico”, disse o técnico rubro-negro.

Desde a contratação de Caranhato, o Brasil marcou seis gols em três jogos longe de casa, uma média de dois por partida. “Espero que a gente possa vencer o jogo. E aí, lá no final da partida, a gente vai ver se os gols que fizemos foram suficientes para passar de fase. Nosso time tem feito gols fora de casa e isso é sim algo em que a gente pode se apegar, porque é real”, afirmou.

Força do grupo

Marcelo Caranhato também destacou a força do seu grupo de jogadores para reforçar a esperança em construir uma vitória por no mínimo de três gols. O treinador relembrou quando assumiu o Brasil em último no grupo A8 e conseguiu levar até o segundo lugar.

“Antes do outro acreditar, você precisa acreditar. Pouca gente acredita na nossa passagem para a outra fase, como muito pouca gente acreditava que a gente ia classificar. Mas quem acreditou – os atletas, a comissão, a diretoria – fez a diferença. É uma situação diferente, porque não é só vencer. Mas o difícil no futebol é possível, e esse grupo já provou que é capaz. […] Precisamos fazer mais uma vez o nosso melhor jogo para ter um pouco de chance. Se achar que em algum momento vence ao natural, fica muito difícil. Sabemos das nossas limitações”, destacou.

Lesões

O goleiro Jacsson segue de fora. Ele recebeu alta hospitalar durante esta semana após ser internado com problema pulmonar, mas a recuperação exigirá mais tempo. Já o lateral-esquerdo Matheus Marques ainda passará por um teste para a verificação de sua situação. Ele não joga desde a vitória sobre o Concórdia, em 21 de julho.

Araújo deve ser outra baixa. Caranhato indicou que o volante deve desfalcar o Xavante no jogo de volta das oitavas de final devido a um problema muscular. O camisa 5 esteve em campo durante os 90 minutos da partida em casa contra o Brasiliense, mas não participou do duelo de ida diante do Água Santa, por exemplo. Por outro lado, Samoel Pizzi deve ser titular no domingo. O lateral-direito saiu do jogo de ida contra o Brasiliense. O camisa 2 tinha uma virose.

Um possível Brasil pode ter Thierry; Samoel Pizzi, Lopes, Maurício Moraes e Mário Henrique; Lissandro, Maurício, Matheus Guimarães, Rafael Holstein e Adriano Klein; Lucão.

Mudança tática

Questionado pela reportagem do A Hora do Sul, Caranhato admitiu a possibilidade de optar por uma nova formação tática e que testou algumas possibilidades durante a semana. No jogo ida a plataforma inicial foi o 4-2-3-1, mas no segundo tempo alterou para o 3-5-2 e 5-3-2.

“É uma possibilidade. A gente testou essa semana uma linha de três, uma linha de quatro. Testamos às vezes com quatro atacantes, às vezes com três atacantes e dois meias. Tem possibilidade, sim, de mudar um pouco não só o sistema, mas mudar nomes também. A gente não pode se paralisar diante da situação. Prefiro errar pelo risco do que ficar paralisado”, completou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva

“O ideal era ter um grupo com mais atletas para ter uma rotatividade maior. Às vezes a gente precisa alongar a vida útil do atleta dentro de campo. Não temos opções. Estamos às vezes colocando um defensor para atacar. Porque aí libero os dois laterais. Temos laterais mais ofensivos, o Pizzi, o Mário, o próprio Danilo. O Lissandro entrou de lateral no segundo tempo.”

“A gente ainda não conversou sobre o assunto [renovação]. A direção canalizou toda a energia para a reta final da Série D. É muito gratificante a aprovação do torcedor, e é difícil ter essa aprovação toda dentro de um clube como o Brasil. Seu maior patrimônio é o torcedor. Trabalhar no Brasil é diferente. É uma energia, uma rotina muito próximas de um clube de primeira divisão. Para nós, profissionais da área, acaba seduzindo muito”.

“Lógico que se tem interesse em permanecer. Gostei muito daqui, fui muito bem recebido. É um clube que a gente se identifica muito. A gente vai depois sentar para conversar. Espero que seja mais lá na frente, porque a intenção é passar do Brasiliense”.

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