Viaduto na BR-116 seguirá interditado
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira28 de Novembro de 2024

Sem previsão

Viaduto na BR-116 seguirá interditado

Trânsito no quilômetro 521 é desviado para as vias marginais após queda de parte da estrutura

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Viaduto na BR-116 seguirá interditado
Trecho está interrompido desde o final de semana. (Foto: Ecosul)

O viaduto do quilômetro 521 da BR-116, próximo à avenida 25 de julho, segue sem previsão de liberação após queda de material do muro no final de semana. Ainda não há prazo para viabilizar o conserto.

Enquanto isso, o tráfego continuará sendo desviado para as vias marginais. É pelo menos a terceira vez que acontece desmoronamento em trechos do contorno de Pelotas, entregue reformado e duplicado pelo governo federal em 2022.

O professor da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), Diego Fagundes, que atua em obras de terra e fundações, explica que a fuga do material é uma erosão interna, que está relacionada a problemas no sistema de drenagem e os filtros projetados para “prender” o solo fino do aterro, o que permite que apenas a água acumulada pela chuva passe.

“Caso as partículas de aterro sejam carregadas pela água, são formados vazios, que podem levar à ruptura das estruturas, no caso a pista, mureta e face de contenção”, define o professor. “As soluções mais comuns para filtros são a escolha de materiais com granulometria (tamanhos de grãos) projetados para barra o transporte do solo fino pela água que irá ser drenada do interior do aterro”, sugere.

Risco de ruptura maior

Fagundes destaca que se a solução não for rápida e eficaz, o risco de uma ruptura no muro de contenção pode ser alto. “Quando a água encontra um caminho de percolação, se forma uma superfície de fraqueza no aterro, que pode gerar uma ruptura generalizada da estrutura”, justifica.

Prevenção

Considerando que este não foi o primeiro acidente nas estruturas de contenção e aterros de encontro de ponte ao longo do trecho duplicado da rodovia, o professor recomenda que sejam feitas mais inspeções rotineiras desses pontos a fim de prevenir novos acontecimentos do gênero.

Outros casos

Em pelo menos dois momentos, parte do concreto armado da parede lateral de encostas próximas à avenida Cidade de Lisboa também cederam, ainda em 2022.

O que diz a Ecosul

Em nota, a Ecosul, concessionária responsável pelo trecho, afirma que, ainda no sábado (10), um engenheiro geotécnico especialista nesse tipo de obra analisou a queda da barreira e da parte superior do muro.

O consultor, que continua na cidade acompanhando o processo de execução das obras, avaliou o local para definir a melhor solução para o conserto. O especialista já atestou que não há risco à estrutura.

Conforme nota, novas informações sobre prazos e a liberação do trecho serão emitidas assim que possível.

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