Próximo do fim da temporada, o Grêmio Esportivo Brasil precisará de uma improvável reviravolta no jogo de volta das oitavas de final da Série D para seguir na briga pelo acesso. A derrota por 4 a 1 no Bento Freitas para o Brasiliense obriga o Xavante a vencer por no mínimo três gols de diferença para levar aos pênaltis ou a partir de quatro para avançar nos 90 minutos.
Para dificultar ainda mais a missão, o técnico Marcelo Caranhato tem vários problemas. O goleiro Jacsson apresentou uma alteração pulmonar e está sob cuidados médicos. O próprio treinador admitiu que dificilmente contará com o seu retorno para o duelo de Brasília. Samoel Pizzi e Araújo atuaram longe das melhores condições. Danilo entrou no segundo tempo, mas se machucou no lance do terceiro gol e precisou ser substituído. Após o jogo ele sequer conseguia colocar o pé direito no chão.
Machucados, Matheus Marques e Vini Charopem não foram relacionados para o jogo de ida. Até o momento o departamento médico não divulgou nenhum boletim atualizando a situação clínica dos atletas. O elenco se reapresentou nesta terça-feira (13) para iniciar a preparação para o jogo de volta, às 15h30min do domingo.
Mudança tática
As variáveis do jogo de ida fizeram o técnico Marcelo Caranhato modificar a plataforma tática pela primeira vez desde que assumiu o comando técnico do Brasil, durante a fase de grupos da Série D. Mantendo sempre o 4-2-3-1, o treinador diante de um cenário adverso por estar perdendo por 2 a 0 no começo do segundo tempo e com dificuldades ofensivas, fez duas substituições. Entraram Léo Santos e Danilo nos lugares de Samoel Pizzi e Matheus Guimarães.
O Brasil passou a atuar no 3-5-2 ou no 5-3-2 sem a posse de bola. Léo Santos entrou como terceiro zagueiro, liberando os laterais para jogarem mais avançados. Adriano Klein passou a atuar mais por dentro ao lado de Lucão.
O Xavante começou a chegar com mais perigo na frente. Mário Henrique atuando em posição avançada quase surtiu efeito imediato. Aos 12 minutos, o camisa 6 apareceu livre na segunda trave e bateu firme para grande defesa do goleiro Matheus Kayser, com o pé. Luiz Carlos Winck respondeu rápido e colocou Tobinha para dificultar as subidas do ala rubro-negro.
Aos 35 minutos o Brasil descontou com Léo Santos. Caranhato ainda colocou Marcinho no lugar de Maurício e no fim trocou mais duas vezes: Lissandro e Nycollas Queiroz nos lugares de Rafael Holstein e Danilo. Este último saiu por lesão.
O time rubro-negro terminou a partida com Thierry; Léo Santos, Lopes e Maurício Moraes; Lissandro, Araújo, Marcinho, Adriano Klein e Mário Henrique; Nycollas Queiroz e Lucão.
Após o jogo, o treinador xavante explicou a mudança de esquema, mas não deu indícios se planeja repetir no jogo de volta. “Em alguns momentos a gente precisa colocar um defensor para adiantar o lateral, para ser um pouco mais ofensivo. Nós não tínhamos um atacante de beirada. Às vezes a gente precisa improvisar, colocar um jogador que tem uma característica maior de ataque, liberar mais o Mário pelo lado esquerdo. Com a entrada do terceiro zagueiro a gente liberou o Mário. Fizemos as mudanças tentando pressionar o adversário”, afirmou Caranhato na entrevista coletiva.
A falta de opções de beiradas citada pelo técnico é justificada. No banco estavam disponíveis apenas Nycollas Queiroz e Gabriel Pereira. Este último sofreu uma fratura antes da Série D iniciar. Mesmo ficando como opção nas últimas quatro partidas, o extrema ainda não recebeu uma oportunidade. Já Queiroz entrou como atacante ao lado de Lucão.
Pode ser que Caranhato sequer cogite repetir o esquema do segundo tempo na partida de volta, mas a novidade no seu repertório desde que chegou ao Bento Freitas abre novas possiblidade para tentar algo diferente contra o Brasiliense em Taguatinga.
