Ficou muito difícil a vida do Brasil na Série D do Brasileirão. O Xavante foi goleado por 4 a 1 pelo Brasiliense durante a tarde deste domingo (11), no Bento Freitas, pelo jogo de ida das oitavas de final.
Resta ao Rubro-Negro reverter o cenário completamente adverso na partida da de volta, às 15h30min do próximo domingo, na Boca do Jacaré, em Taguatinga (DF). Os gols do Jacaré foram marcados por Joãozinho e Gui Mendes, no primeiro tempo, e Tobinha e Gabriel Pedra, durante a etapa final. O zagueiro Léo Santos descontou.
Série D | Oitavas de final
Jogos de ida
Sábado
Inter de Limeira (SP) 0 x 0 Nova Iguaçu (RJ)
Altos (PI) 0 x 1 Treze (PB)
Portuguesa (RJ) 1 x 3 Maringá (PR)
Manaus (AM) 2 x 2 Iguatu (CE)
Domingo
Brasil 1 x 4 Brasiliense
Itabaiana (SE) 2 x 2 Porto Velho (RO)
Retrô (PE) 2 x 0 Manauara (AM)
Cianorte (PR) 1 x 2 Anápolis (GO)
Jogos de volta
Sábado (17)
15h | Nova Iguaçu x Inter de Limeira
16h | Manauara x Retrô
16h30min | Porto Velho x Itabaiana
18h | Iguatu x Manaus
Domingo (18)
15h30min | Brasiliense x Brasil
16h | Treze x Altos
16h30min | Anápolis x Cianorte
18h30min | Maringá x Portuguesa
Jacsson vira desfalque
A escalação do Brasil não contou com Jacsson. O clube divulgou minutos antes do jogo que o goleiro apresentou uma alteração pulmonar e está sob cuidados médicos há quatro dias. O substituto natural foi Thierry, enquanto o restante da equipe titular foi o mesmo da vitória sobre o Água Santa.
Do outro lado, o Brasiliense teve os mesmos 11 iniciais das partidas contra o Real Noroeste (ES), pela segunda fase. Com os nomes esperados para a linha, os dois times atuaram em seus habituais esquemas, o mesmo 4-2-3-1. Antes do começo do jogo, foi respeitado um minuto de silêncio às 62 vítimas da tragédia do voo que caiu em Vinhedos (SP).
Desvantagem já no intervalo
O primeiro tempo terminou com o Brasiliense à frente no placar. Os visitantes controlaram o sistema ofensivo do Xavante, que só teve uma ocasião de gol antes do intervalo – Maurício, em chute de perna esquerda por cima do travessão aos 37 minutos. A equipe adversária, mesmo com a saída por lesão do camisa 10, Nenê Bonilha, dominou o jogo.
Curiosamente, o primeiro gol do Jacaré saiu no minuto seguinte à substituição forçada de Bonilha por Gui Mendes, um ponta de origem que entrou para atuar pela faixa central. Após um arremesso lateral na área, Patryck fez a parede e a bola ficou viva na área. Joãozinho chegou batendo de perna esquerda: 1 a 0.
Depois de sair atrás, o Brasil até conseguiu aumentar seu volume ofensivo. Além do já citado lance de Maurício, o Rubro-Negro poderia ter levado perigo em uma falta frontal, quase colada na linha da área. Mas Rafael Holstein cobrou mal, carimbando a barreira. Na sobra, Pizzi chutou e Lopes dominou antes de chutar para defesa de Matheus Kayser.
E quando parecia que a etapa inicial terminaria com vantagem mínima do Brasiliense, o time do DF ampliou. Gui Mendes ganhou de Lopes na área e, cara a cara com Thierry, finalizou de canhota para fazer 2 a 0. O VAR ainda checou o lance rapidamente, mas o gol foi confirmado.
Caranhato muda esquema
Caranhato não mexeu no Brasil para tentar reverter o cenário adverso. Logo aos sete minutos, porém, o treinador olhou para os atletas no aquecimento. Chamou Léo Santos e Danilo. O zagueiro substituiu Samoel Pizzi, enquanto o lateral entrou na vaga de Matheus Guimarães.
A mudança alterou o desenho tático do Xavante, que passou a atuar em um 5-3-2, adiantando Danilo e Mário Henrique como alas. Klein saiu da ponta para formar dupla com Lucão. Ter o camisa 6 em posição avançada quase surtiu efeito imediato. Aos 12, Mário Henrique apareceu livre na segunda trave e bateu firme para grande defesa do goleiro, com o pé.
Nesse jogo de xadrez, a resposta de Winck não demorou. Aos 15, o treinador do Brasiliense trocou o centroavante e um dos pontas. Entraram Gabriel Pedra e Tobinha, este último voltando de lesão na face após um mês fora. Os visitantes também precisaram reforçar a marcação no setor direito para segurar Mário Henrique. Assim, Klein voltou a cair por esse lado.
Reta final
Outra mexida no Rubro-Negro aconteceu aos 19, com Marcinho no lugar de Maurício. Era um novo jogo depois das substituições. No quarto final da partida, cada paralisação permitia ao Brasiliense ganhar tempo e aumentar o senso de urgência do Brasil, que sofria para encontrar espaços. Lucão vinha sendo superado pelos defensores ao receber de costas.
Nada dava certo para o Xavante, e o que já era complicado ficou ainda pior aos 31. Um escanteio teve desvio na primeira trave e, livre no segundo poste, Tobinha escorou para ampliar: 3 a 0. Danilo se lesionou no lance e precisou sair, substituído por Nycollas Queiroz. Também entrou Lissandro na vaga de Holstein.
O último golpe, entretanto, foi amenizado rapidamente pelo Brasil. Marcinho cobrou escanteio na primeira trave. Araújo cabeceou, Matheus Kayser deu rebote e Léo Santos diminuiu: 3 a 1. Na base da pressão, um novo desconto esteve muito perto aos 42. Araújo chegou atrasado em cruzamento de Lissandro. Na sobra, Queiroz concluiu para fora.
No abafa, o Xavante tentou até onde foi possível. Cansado, o time cedeu contra-ataques não aproveitados pelo Brasiliense. De fora da área, Gabriel Pedra contou com falha de Thierry para decretar a goleada do Jacaré em plena Baixada: 4 a 1.
Torcida apoia
Ao fim do jogo, a torcida do Brasil reconheceu a campanha do grupo até aqui. Os atletas foram agradecer o apoio e ouviram o tradicional cântico de “time de guerreiros”.
Ficha técnica
Brasil (1): Thierry; Samoel Pizzi (Léo Santos, 9’ 2T), Lopes, Maurício Moraes e Mário Henrique; Araújo, Maurício (Marcinho, 19’ 2T), Rafael Holstein (Lissandro, 33’ 2T); Matheus Guimarães (Danilo, 9’ 2T / Nycollas Queiroz, 33’ 2T), Adriano Klein e Lucão. Técnico: Marcelo Caranhato.
Brasiliense (4): Matheus Kayser; Netinho, Keynan, Igor Morais e Márcio Duarte; Gabriel Galhardo, Tarta (Dudu, 35’ 2T), Nenê Bonilha (Gui Mendes, 24’ 1T); Joãozinho (Tobinha, 15’ 2T), João Santos (Kaio Nunes, 35’ 2T) e Patryck (Gabriel Pedra, 15’ 2T). Técnico: Luiz Carlos Winck.
Gols: Léo Santos, aos 35’ 2T (GEB); Joãozinho, aos 25’ 1T, Gui Mendes, aos 44’ 1T, Tobinha, aos 31’ 2T, e Gabriel Pedra, aos 51’ 2T (BFC).
Cartões amarelos: Adriano Klein (GEB) e Tarta (BFC).
Árbitro: Alexandre de Jesus (RJ).
Local: Bento Freitas.
Público oficial: 4.715 pessoas.
Renda oficial: R$ 100.680,00.