A trajetória de Heverton com a camisa do Pelotas é marcada por regularidade. O zagueiro participou de todos os minutos de cada um dos 36 jogos do Lobo nas últimas duas campanhas na Divisão de Acesso. Não à toa, o capitão áureo-cerúleo na temporada já encerrada considera o retorno à elite gaúcha um “dever cumprido”.
“Esse acesso teve um peso muito grande na minha carreira e [também] pessoalmente, pela Divisão de Acesso do ano passado ter terminado comigo nas cobranças de pênalti [desperdiçou a batida final contra o Monsoon em 2023]. É um dever cumprido. Voltei para o Pelotas para fazer ele retornar à divisão principal do Gaúcho e ter objetivos mais altos lá na frente”, ressalta o defensor.
Heverton aproveita para destacar o papel de Vitor Júnior, outro integrante do elenco no ano passado, e lembra da parceria dos demais componentes da linha defensiva que formou a base do time na reta final. “Nos últimos quatro jogos, só tomamos um gol e foi de pênalti. No momento decisivo, tanto o Yuri quanto o Allan [Thiago], o Hélder, o Adryel, tivemos uma conexão boa”, diz.
Campanha
Em uma caminhada marcada por adversidades superadas em campo, o zagueiro de 36 anos acredita que o cenário mais difícil para o Lobo foi fora das quatro linhas. Depois da quarta rodada, a Série A-2 ficou cinco semanas paralisada em função da enchente que assolou o Rio Grande do Sul.
“Entre altos e baixos, acho que dentro do campeonato houve algumas derrotas muito doídas que nos fortaleceram bastante. Nos deram casca. Mas o momento mais complicado foi a paralisação. Uma tragédia que foge da nossa alçada. Foi bem complicado para nós e para alguns parentes e amigos afetados”, relembra Heverton.
Futuro
Enquanto o Pelotas tem uma série de definições administrativas a tomar antes do início da formação do elenco para disputar o Gauchão, para os atletas o momento é de pausa. Perguntado sobre uma possível permanência em 2025, Heverton deixa a porta aberta mas enfatiza que ainda não chegou a hora de tocar no assunto.
“Ainda não estou pensando em nada. Pensando primeiro em descansar, tirar um pouco dessa maratona de jogos. Tive uma maratona bem significativa esse ano, tanto em São Paulo [no XV de Piracicaba] quanto aqui. Agora é tentar respirar um pouquinho, colocar a cabeça no lugar, tirar as dores do corpo e depois pensar no futuro. Tenho liberdade com a diretoria. O que for melhor para o Pelotas será feito”, garante o zagueiro.