Em reivindicação a medidas de recuperação ao setor agrícola, produtores rurais iniciaram manifestações do movimento SOS Agro em várias cidades da Zona Sul nesta terça-feira (6). Dentre os protestos mais robustos, em Canguçu, em torno de 200 tratores começaram a percorrer as vias da cidade no início da manhã e seguiram durante a tarde.
Em Arroio Grande, o cenário foi semelhante, um comboio de máquinas se concentrou no trevo de acesso a cidade e seguiu em carreata pelas ruas centrais do município. De acordo com as organizações, os tratoraços ainda devem ocorrer na quarta-feira (7). Na quinta-feira (8), os manifestantes irão para Porto Alegre para um ato unificado.
Centenas de tratores coloriram as ruas de Canguçu em uma mobilização que se estendeu por horas. Os maquinários percorreram ruas movimentadas no município, como a General Osório, e trancaram a Júlio de Castilhos durante a tarde, onde pararam em frente ao Banco do Brasil para uma manifestação simbólica em alusão às dificuldades para o pagamento de financiamentos.
No local, os produtores se reuniram para ouvir seus pares e relatar as perdas que têm enfrentado em suas propriedades. “Nós não sofremos com enchentes, mas choveu a mesma coisa que no resto do Estado e a soja apodreceu na lavoura”, disse uma das organizadoras, Fabiane Venzke.
A agricultora relata que só conseguiu colher 20% da área plantada e que a situação é semelhante para a maioria dos produtores. Sem o retorno do que foi investido nas lavouras, não há recursos para o pagamento das dívidas e nem fôlego para o custeio dos insumos para a próxima janela de plantio que inicia em setembro.
Arroio Grande
Assim como em Canguçu, a manifestação em Arroio Grande começou no início da manhã com concentração no trevo de acesso a cidade e seguiu durante a tarde pelas ruas do Centro. A mobilização de máquinas agrícolas, tratores e caminhões, que contou com cerca de 150 veículos, foi organizada em menos de dois dias.
