Câmara de Canguçu ignora cassação de Chico Vilela
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Segunda-Feira9 de Dezembro de 2024

Fora da pauta

Câmara de Canguçu ignora cassação de Chico Vilela

A sessão foi conduzida pelo segundo vice-presidente, Leandro Ehlert

Por

Atualizado quinta-feira,
01 de Agosto de 2024 às 20:30

Câmara de Canguçu ignora cassação de Chico Vilela
Francisco Vilela é acusado de racismo após fala durante uma sessão em abril deste ano. (Foto: Divulgação)

A mesa diretora da câmara de vereadores de Canguçu ignorou o relatório que aprova a cassação do vereador Francisco Vilela (PL) e não colocou em votação. O relatório, que recomenda o afastamento, foi entregue na semana passada e o prazo para ser votado se encerrou esta semana sem que fosse pautado.

Na sessão de segunda, vereadores reclamaram de o relatório não estar na pauta. O presidente da casa, Silvio Neutzling (MDB), estava ausente com atestado médico e a sessão foi conduzida pelo segundo vice-presidente, Leandro Ehlert (MDB). O primeiro vice-presidente é o próprio Vilela.

Ehlert diz que não tinha o poder de colocar o relatório na pauta e que não sabia que iria presidir a sessão. “Tivemos 90 dias para votar essa matéria, isso me causou estranheza. Eu até fui pego de surpresa quando assumi [a presidência].”

Entenda

Francisco Vilela é acusado de racismo após fala durante uma sessão em abril deste ano. Se referindo aos repasses feitos pelo governo federal durante a pandemia, disse “com aquele dinheiro da Covid, essa negrada nos estados, deitaram e rolaram”. O pedido de cassação foi feito por dois moradores de Canguçu.

Essa, no entanto, não é a primeira vez que Vilela é acusado de racismo. No ano passado ele foi alvo de processo de cassação após fala de teor racista e misógino ter vazado pelo sistema de som da câmara. Ele teria se referido a uma servidora que acompanhava a sessão como “negrinha p**, p** que é um raio, a filha do Zeca”.

Na ocasião, ele se defendeu dizendo que não se referia à mulher, e sim a um vídeo pornográfico em seu celular. A cassação não foi aceita.

Acompanhe
nossas
redes sociais