A ascensão meteórica do Monsoon foi coroada com o acesso estadual no último domingo (28). O clube de Porto Alegre superou o Passo Fundo e será adversário do Pelotas na decisão do título da Série A-2. Do lado da equipe da capital estará um velho conhecido dos áureo-cerúleos: Bruno Coutinho. O ex-meia e agora treinador se diz “feliz e aliviado” por não precisar disputar contra o Lobo uma vaga na elite.
“Não teria melhor equipe para estar nesse jogo festivo. Estou feliz e aliviado por não ter que encarar o Pelotas em um jogo por busca de um resultado. Lógico que as duas equipes vão lutar para ter esse quadro de campeão e entrar mais uma vez na história. Mas não deixa de ser um jogo festivo, com duas equipes aliviadas, missões cumpridas na temporada, e agora é só coroar o trabalho. Espero que seja um ambiente saudável”, diz o técnico do Monsoon.
“Nosso time é técnico e leve”
Dono da segunda melhor campanha da primeira fase da Divisão de Acesso, com 28 pontos em 14 rodadas, o Trovão, como é chamado, enfrentou dois mata-matas duros – antes do Passo Fundo, eliminou o União Frederiquense com um empate e uma vitória por 2 a 1. Esse formato do campeonato foi alvo de críticas de Bruno Coutinho, que considera injusta a realização de fases eliminatórias após uma etapa de pontos corridos.
“No jogo eliminatório as condições de tensão se igualam muito. Sofremos um pouco mais em função de campo, o nosso time é muito técnico e muito leve. E nessa competição não tem praticamente nenhum campo em condições de ter jogo de futebol”, afirma. Ao A Hora do Sul, ele exaltou a campanha e o desempenho de seu time, dizendo que “nunca abriu mão e tampouco escondeu que a gente não jogava para empatar”.
Impacto do sintético
A crítica de Coutinho sobre o nível dos gramados da competição chama atenção porque o Monsoon tem sido itinerante neste ano. Dos nove jogos como mandante, cinco aconteceram no Sesc Protásio Alves e quatro no estádio Francisco Noveletto, do São José, palco da decisão das 11h de domingo contra o Pelotas e cujo campo é sintético.
“O gramado sintético, nas condições que a competição oferece, acaba que é o melhor, o mais apto. Precisa de uma adaptação, o tempo é diferente, a rotação da bola, entre outros fatores. Não é nossa casa de fato, mas a gente está um pouco mais acostumado que o Pelotas e pode tirar vantagem por já conhecer o terreno”, avalia o treinador.
Modelo de jogo
O Monsoon costuma jogar com uma configuração tática diferente do habitual na Série A-2: o 3-5-2 ou 3-6-1, com três zagueiros e dois alas. Para o técnico, o mais importante “é a convicção que os atletas tiveram e como executaram da maneira que pedi”.
O time titular na partida do acesso teve Max; Itaqui, Patrick, Yalle; Luis Morales, Neko, Marco Freitas, Cris Magno e Marcelino; Victor Lima e José Carlos. O lateral-direito Itaqui, que vem atuando como zagueiro, o meia Cris Magno e o atacante Léo Bahia, este último reserva nos jogos contra o Passo Fundo, já passaram pelo Lobo.
Relembre
A passagem de Bruno Coutinho como jogador do Pelotas foi curta, mas marcante. O ex-meia disputou oito partidas durante a Copa Sul-Fronteira em 2013. Marcou seis gols, dois deles no clássico Bra-Pel vencido por 3 a 0 pelo Áureo-Cerúleo no Bento Freitas.
Coutinho deixou o clube na véspera da decisão do torneio, que viria a ser conquistado pelo Lobo. No mesmo dia da oficialização da rescisão do contrato, mas antes do comunicado, ele concedeu entrevista coletiva criticando Rogério Zimmermann, então técnico do Xavante.
Divisão de Acesso
Final
Jogo de ida
Quinta (1º)
20h30min | Pelotas x Monsoon
Domingo (4)
11h | Monsoon x Pelotas
