Ex-funcionários da Turf reivindicam verbas rescisórias
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Oito anos de espera

Ex-funcionários da Turf reivindicam verbas rescisórias

Mais de 200 trabalhadores aguardam pelas indenizações trabalhistas após a declaração de autofalência da empresa

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Atualizado quarta-feira,
31 de Julho de 2024 às 17:11

Ex-funcionários da Turf reivindicam verbas rescisórias
Ex-trabalhadores da empresa ainda aguardam as indenizações. (Foto: Jô Folha)

Cerca de 50 ex-funcionários da Turf, empresa de transporte coletivo, se reuniram em frente ao Foro da Comarca de Pelotas na tarde desta quarta-feira (31), em protesto aos oito anos em que aguardam o pagamento de verbas rescisórias.

A reivindicação é pela agilidade no andamento do processo trabalhista movido em 2016, após a declaração de autofalência da empresa. Grande parte dos 267 trabalhadores tinham mais de 20 anos de atividades na Turf e, de acordo com os cálculos, as indenizações somam mais de R$ 4 milhões.

Com cartazes com frases como “oito anos sem receber”, “mais de 200 funcionários esperando” e gritos de “justiça”, a mobilização também contou com um bolo de aniversário em alusão aos anos que aguardam pelo pagamento das dívidas trabalhistas.

A única garantia de liquidação dos passivos seria o prédio da empresa, por isso o pedido é pela colocação do bem em leilão. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (STTRP), Claudiomiro Amaral, a manutenção do imóvel custaria cerca de R$ 15 mil mensalmente. “Esse dinheiro poderia estar nos bolsos dos trabalhadores e está sendo jogado fora, isso vai diminuindo do que o pessoal tem para receber.”

Conforme o representante da categoria, o advogado do Sindicato teria ajuizado o pedido de venda do prédio ainda em 2016 e todos os processos trabalhistas teriam sido judicializados individualmente no mesmo ano. “Na época o valor do prédio cobria as indenizações. O pessoal clama por essa agilidade da Justiça”. Após a mobilização em frente ao Foro, a manifestação foi realizada em frente à antiga sede da Turf, na avenida Duque de Caxias.

Empresa familiar

No protesto, o sentimento de revolta não era voltado a Turf, mas assim a morosidade dos processos trabalhistas. Como alguns declaram, a empresa era um bom local de trabalho e o ressarcimento das verbas só dependeria da colocação do prédio em leilão.

“É uma empresa onde todos trabalharam durante muitos anos, a reivindicação não é reclamando da empresa, era boa de trabalhar, mas infelizmente quebrou, nós só queremos a justiça porque tem como nos ressarcir”, diz Alessandro Branco. O mesmo protesto desta quarta-feira, já foi realizado há dois anos. “O patrimônio está se deteriorando e nós esperando”, complementa o ex-funcionário Ivan Lima.

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