Burocracia que trava o desenvolvimento
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira26 de Dezembro de 2024

Editorial

Burocracia que trava o desenvolvimento

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Burocracia que trava o desenvolvimento
Projeto está travado na câmara desde o final de 2023. (Foto: Divulgação - câmara de vereadores)

Já faz quase um ano que a lei da inovação roda de um lado para o outro na câmara de vereadores de Pelotas e esbarra em uma burocracia sem sentido, que trava o desenvolvimento regional e enfraquece a cidade. Não tem cabimento tamanha enrolação para colocar em prática um projeto que conseguiu unir de um lado governo e empresários, mas, por algum motivo, os nobres edis ainda não botaram a coisa para funcionar.

Pelotas é hoje um polo de inovação, às vezes na marra, pela dificuldade de incentivos, pelo distanciamento geográfico das grandes capitais – cada vez mais encurtado pelo avanço da duplicação da BR-116 e pela maior oferta de voos para São Paulo – e pela falta de incentivo. Se as nossas universidades formam milhares de cérebros anualmente, uma parcela significativa pega o diploma em uma mão e a passagem em outra e segue o caminho em outro lugar, com maior apoio.

Se queremos uma cidade do futuro, que inova, empreende, gera renda, gera emprego, atrai riqueza e fortalece sua população, em um ambiente onde todos crescem juntos, não podemos ficar a mercê de uma burocracia estúpida e sem sentido, em que um ou outro político, por sabe-se lá qual o motivo, resolve travar uma ideia objetiva, que criaria a política municipal de Incentivo à Ciência, Tecnologia e Inovação, a criação do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, cria o prêmio Inova Pelotas e um fundo municipal para o setor.

A reportagem da página 7 da edição de fim de semana do A Hora do Sul diz que “caso aprovado, o conselho deverá contar com membros do poder executivo e da sociedade civil para avaliar necessidades e propor ações para o desenvolvimento econômico baseado em ciência e tecnologia. O fundo servirá para captar recursos a serem aplicados em ações da área, como o apoio a projetos selecionados através de editais.” Quer coisa melhor do que isso para uma cidade que busca caminhos para voltar a crescer? É, além de tudo, um projeto bastante democrático, que une diversos atores da sociedade em prol de uma ideia voltada ao fortalecimento coletivo.

Não existe explicação lógica para tamanha lentidão para colocar a ideia em prática. Os vereadores precisam acelerar. Pelotas precisa crescer e não pode ficar parada por culpa de quem não percebe as necessidades coletivas.

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