Outro esporte olímpico que tem força em Pelotas é o rugby. O Antiqua, clube da cidade fundado há 15 anos, hoje trabalha em conjunto com o projeto Vem Ser Rugby, da UFPel, focado na iniciação de jovens na modalidade. A integração já rendeu frutos: Ketlyn da Luz e Kerolyn Rodrigues, formadas por aqui, atuam profissionalmente no Melina, time de Cuiabá.
As atividades do projeto acontecem na Escola Superior de Educação Física (Esef/UFPel), com coordenação acadêmica. Jovens de seis a 18 anos podem participar da iniciativa, que além de promover o esporte, serve como categoria de base para as equipes adultas masculina e feminina.
“A gente ajuda os projetos, os projetos nos ajudam e a gente vai se retroalimentando. […] A realidade do rugby é de muita dificuldade para conseguir apoios. Esses projetos sobrevivem basicamente de apoios das entidades públicas e de projetos como ProEsporte, além da mensalidade dos atletas”, diz o presidente do Antiqua, John Schiling.
Nesta temporada, o time feminino do Antiqua forma a seleção gaúcha. O masculino disputa o Campeonato Gaúcho de Rugby XV (em que cada equipe joga com 15 jogadores) e a Divisão de Acesso do Brasileiro de Rugby XV. Nos próximos meses, as competições passarão a ser de Rugby Sevens, com sete atletas por time – modalidade disputada nas Olimpíadas.
O presidente afirma que a meta de curto prazo do time masculino adulto é se manter na segunda divisão nacional para, depois, mirar o acesso. “A ideia do clube é ambiciosa, é se tornar elite. […] Daqui alguns anos, ter estrutura própria com campo, sede, academia… Mas isso a longo prazo”.
Paris 2024
Nestes Jogos Olímpicos, o rugby brasileiro é representado pelas Yaras, apelido da seleção feminina. A estreia será no domingo, às 12h (de Brasília), contra a França. No mesmo dia, às 15h, o time enfrenta os Estados Unidos. Segunda-feira, encerra a primeira fase diante do Japão. “Não tenho dúvida de que na próxima Olimpíada [2028] vai ter uma atleta que passou pela nossa base”, projeta John Schiling.