“Não é só um doce, é uma história de vida e de família”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira30 de Outubro de 2024

Abre aspas

“Não é só um doce, é uma história de vida e de família”

Segundo Ane Crochemore, espaço de café colonial e produtos artesanais, como pães e doces, da família, são o que conquista o público e atrai milhares de pessoas a um dos mais tradicionais espaços da Fenadoce

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“Não é só um doce, é uma história de vida e de família”
Ane segue os ensinamentos da avó Vilma Crochemore. (Foto: Jô Folha)

O que motiva essa fila de pessoas a consumir os produtos, mesmo com a variedade de doces finos na Fenadoce?

As nossas fábricas ficam na zona rural de Pelotas, no 7º distrito. Eu acho que o pessoal vem buscar um doce genuíno, os nossos doces seguem as receitas da vó e do vô, então são caseiros mesmo, sem nenhum tipo de conservante, são só frutas e açúcar. E no café colonial também, a maioria dos produtos são nossos, então a gente garante a qualidade, acho que isso que faz o sucesso tanto na banca quanto no café, são os nossos produtos que seguem com a qualidade de sempre.

A busca pelo café colonial é grande, como ele funciona?

O café colonial é à vontade, é R$ 75 por pessoa. São várias opções de doces, salgados, sucos, cafés, bolos, frios e pães. Como a gente ainda tem o café colonial só nas edições da Fenadoce e não tem fora daqui, as vezes as pessoas aguardam um ano para poder tomar novamente o café. Acho que por isso está sempre tão cheio.

No balcão, o que é mais procurado aqui na Fenadoce?

Os panificados são muito procurados porque vem tudo novo todos os dias para a feira, então tu pode comprar um pão que acabou de sair do forno, às vezes está até quentinho ainda, o pessoal procura muito. Os nossos panificados acabam sendo diferenciados em função disso, é aquele pão que dura sete dias porque ele não tem nada de conservantes.

Como é participar desde a 2ª edição do evento?

A gente tem o contato com o público nas feiras livres, então aqui para nós é a extensão do que a gente faz toda a semana, que é vender direto para o consumidor, mas claro que aqui nós temos um público muito maior e até de outros lugares do Brasil, do Uruguai, Argentina, e a gente já pode contar um pouquinho da nossa história. Não é só um doce ou um pão que estamos vendendo, é uma história de vida e de uma família.

Como está a movimentação na feira?

Vivemos com uma expectativa cautelosa por causa de tudo isso que aconteceu no Estado, mas já nos primeiros dias tivemos um retorno muito bom de vendas e de público. Acho que por enquanto foi até maior do que no ano passado.

Qual o diferencial do Crochemore?

A minha vó, a Vilma Crochemore, vai fazer 93 anos, e ela nos ensina muito todos os dias. O vô, a vó e nossos pais nos passaram muito isso, de manter a qualidade do produto e é isso que a gente tem conseguido fazer todos esses anos, é o sabor verdadeiro das coisas.

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