O encontro realizado na segunda semana de julho deu a largada para mais uma etapa do projeto “Levanta, Rio Grande!”, desenvolvido pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande e São José do Norte. A iniciativa teve origem após as enchentes de maio, e consiste no estabelecimento de um plano de recuperação efetivo da economia dos dois municípios, ambos atingidos pela cheia da Lagoa dos Patos.
Organizado em fases, a proposta teve início ainda em junho, com um olhar preliminar sobre os recursos emergenciais. Agora, a ideia é entender o resultado das políticas públicas que foram aplicadas e identificar quais são as necessidades do setor empresarial para dar continuidade ao processo.
Inicialmente, ainda em meio à crise climática, o programa surgiu como um esboço de projeto que pudesse ajudar as pessoas a resolverem seus problemas naquele momento delicado. No entendimento do presidente recém empossado da CDL de Rio Grande e São José do Norte, Vitor Magalhães, a solução não partiria da entidade, mas ela poderia colaborar implementando o programa como um incentivador de mudanças. “A crise nada mais é do que uma oportunidade da gente catalisar as mudanças que a gente precisa fazer e que na crise a gente é obrigado a fazer, por força maior”, explicou Magalhães.
Dividir para conquistar
Com o tempo, o que era um esboço ganhou corpo e se transformou em um projeto com início, meio e fim. Para garantir as entregas, o trabalho foi dividido em três grandes fases. Dentro de cada etapa, foram selecionadas as tarefas, de onde nasceram subtarefas. Segundo o presidente da CDL, esse modelo organizacional tem base no paradigma computacional “dividir para conquistar”. “A gente acredita que o somatório de pequenos esforços e de várias entregas é muito melhor, é muito mais prático do que grandes projeções e poucas entregas”, considera.
Participação de diversos atores
O “Levanta, Rio Grande” é gerenciado por diversas entidades. A composição inclui a Comissão de Planejamento e Gestão (CPG), formada por membros convidados da CDL, como professores da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), gerentes de instituições financeiras, do Sebrae e da iniciativa privada. Ao todo, nove pessoas compõem a gestão do projeto, para contribuir com conhecimento, estruturá-lo, garantir sua aderência às comunidades e alterá-lo quando for necessário.
“Sexta-feira de manhã, uma subtarefa da fase 2 era a gente criar um aplicativo mobile para a CDL, um marketplace voltado para comerciantes locais, para que a gente conseguisse fomentar a economia local. Essa subtarefa foi retirada por determinação do CPG, porque segundo a avaliação do próprio CPG ainda não estávamos prontos para essa subtarefa sair do papel. Então o projeto foi alterado, ele está sendo alterado a cada reunião”, exemplificou o presidente.
