Embora os estragos não tenham tomado a mesma proporção do que foi visto no Vale do Taquari, no Vale do Caí e na Região Metropolitana de Porto Alegre, centenas de famílias ficaram desabrigadas e desalojadas após as enchentes de maio, principalmente na Colônia de Pescadores Z-3, Valverde, Laranjal e Pontal da Barra. A Central Única das Favelas (Cufa), por exemplo, doou 30 toneladas para a cidade. Com o devido cadastro, a maioria tem recebido o PIX SOS RS, no valor de R$ 2 mil (cada família), o Volta por Cima (R$ 2,5 mil), roupas e mantimentos que amenizam a dor de quem precisa recomeçar do zero.
Uma delas é Marilanda Fagundes da Fonseca, 37, proprietária de uma peixaria. Ela perdeu a casa no Pontal da Barra e aguarda pelo Auxílio Reconstrução. “Já recebi o pix, o que amenizou a situação. Falta o auxílio do governo federal. Mas tem moradores aqui que aguardam e precisam do programa estadual Volta Por Cima, para repor portas, pisos, janelas danificados pela cheia”, comentou. A pescadora lembra que este foi um ano sem safra e que toda ajuda é bem vinda. Marilanda aguarda ainda pela visita da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), que prometeu ajuda com material para reconstrução de casas.
Pagamentos para famílias
De acordo com o secretário de Assistência Social, Tiago Bündchen, até o momento foram feitos 1,4 mil pagamentos para famílias de Pelotas. Os benefícios vão seguir por lotes, afirma o secretário, uma vez que há mais três mil famílias cadastradas. Além do Laranjal, Bündchen lembra que os benefícios também chegam para algumas famílias da região das Doquinhas (às margens do Canal São Gonçalo) e na vila Farroupilha, que fica próxima ao Canal Santa Bárbara.
Zoneamento
De acordo com o presidente da Cufa no Rio Grande do Sul, Júnior Torres, em Pelotas já foram entregues 30 toneladas de mantimentos, sendo que a metade foi para a Z-3. A Cufa pretende ainda implementar projetos de apoio ao empreendedor e geração de renda.