Prefeitos da região se posicionam contra o Parque do Albardão

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Prefeitos da região se posicionam contra o Parque do Albardão

Iniciativa de parque nacional em Santa Vitória do Palmar foi rejeitada pelos membros da Azonasul

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Prefeitos da região se posicionam contra o Parque do Albardão
Gestores afirmam que a criação do parque trará impactos negativos à região. (Foto: Divulgação)

Os prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) se reuniram na noite de quarta-feira (11) para discutir a possibilidade de criação do Parque Nacional do Albardão, em Santa Vitória do Palmar. Os gestores decidiram encaminhar ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) um posicionamento contrário à criação do parque por considerarem que trará impactos negativos à região.

Segundo a prefeita de Pelotas e presidente da Azonasul, Paula Mascarenhas (PSDB), a reunião ouviu os prefeitos dos municípios diretamente atingidos, técnicos e entidades, como a Farsul. “Todos se manifestaram contrários e demonstraram muita preocupação com os impactos da unidade de conservação sobre a atividade pesqueira, turística e econômica da região”, diz Paula.

A prefeita ressalta que a própria Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, além dos ministérios de Minas e Energia, das Cidades e da Pesca também já se manifestaram contra a criação do Parque do Albardão. “Vamos redigir um documento para nos manifestarmos nos autos”, detalhou.

A proposta

A proposta do ICMBio é pela criação de uma área de conservação de 1,6 milhão de hectares, sendo 98,7% em ambiente marinho e 21 mil hectares em áreas terrestres.

Em abril, o ICMBio iniciou uma consulta pública sobre a criação do parque, o que gerou polêmica e resistência por parte da comunidade e de lideranças políticas. Os contrários argumentam que a criação da reserva prejudicaria o desenvolvimento econômico e social da região, afetando, por exemplo, a pesca e a viabilidade de projetos de captação de energia eólica off-shore.

Ambientalistas defendem que o parque não afetaria projetos de energia eólica e serviria para a proteção de espécies marinhas e terrestres presentes no Albardão, diversas delas ameaçadas de extinção.

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