Assuntos como profissionalização, gestão da carreira e a valorização do músico nortearam o primeiro de uma série de Encontros Setoriais preparatórios do 2º Fórum Estadual da Música do Rio Grande do Sul, que ocorreu na noite de quinta-feira (4) na Casa do Tambor, no Laranjal. A ação, que reuniu músicos e agentes culturais de Pelotas, Rio Grande, Arroio Grande e Jaguarão, teve como tema norteador a Economia Criativa e Ativa.
Promovido pelo Instituto Estadual de Música (IEM), equipamento cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), o Fórum acontecerá de forma descentralizada, por meio de Encontros Setoriais, que ocorrerão todas as quintas-feiras até o final do mês de agosto, quando acontecerá o encerramento em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), explica a diretora do IEM, Adriana Sperandir.
Adriana comentou a escolha pelo município para dar início ao Fórum. “A gente pensou em Pelotas para fazer esse encontros descentralizados nas regiões, justamente porque vejo na figura do Kako (Xavier) essa referência de coletivo”, diz. O objetivo é ouvir as demandas e conhecer as diferentes realidades dos músicos nas diferentes regiões do Estado, além de promover a troca de experiências, entre artistas e gestores. Os próximos encontros ocorrerão em Bagé e Lajeado, além de outras quatro cidades.
O evento preparatório está sendo realizado de forma descentralizada com o objetivo de discutir as conquistas do cenário musical nos últimos anos e explorar possibilidades para melhorar o futuro da música na região
Representando o Colegiado Setorial de Música do RS, Juliana Sehn, falou sobre o quanto a produção cultural integra historicamente o desenvolvimento dos países. “Essa cadeia criativa gera economicamente uma vastidão de recursos que até então não era contabilizada, a gente precisa se apropriar desses dados porque são eles que vão defender o nosso setor”, fala.
Segundo a diretora do Colegiado, 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado é oriundo da indústria criativa e atualmente existem 400 mil trabalhadores da cultura no Rio Grande do Sul. “Para cada R$100 mil reais aportados via lei de Incentivo Estadual, 50 mil geram trabalho e serviços indiretos, a cada R$1,00 investido via lei de incentivo fiscal, volta R$1,6 aos cofres públicos.”
Juliana ainda salientou a importância do papel da economia criativa e cultural como vetor de desenvolvimento nos países. “Isso muda também o incentivo à nossa formação, formalização e qualificação, se você quiser movimentar uma cadeia maior eu preciso me conscientizar de quem você é”, diz.
Novo projeto
Ao final do evento os músicos e compositores Kako Xavier, foi o anfitrião do evento, Leandro Maia e Sulimar Blass apresentaram um novo projeto musical, que ainda conta com Cardo Peixoto.
