Preocupam os registros recentes de assaltos de grande magnitude pela região. E assusta ainda mais a força desprendida por objetivos que não parecem tão grandiosos comparados à operação realizada em alguns dos casos. Os roubos às arrozeiras, com o fim de levar fios de cobre, envolvendo grupos fortemente armados e violência bruta são uma discrepância total. No último final de semana, foi a vez de o Campus Capão do Leão da UFPel e a Embrapa serem alvos de criminosos, dessa vez com o objetivo de roubar armas – algo que faz um pouco mais de sentido para tamanha movimentação.
Não há como não acender um alerta para isso. A polícia apura se os casos das arrozeiras e da universidade estão relacionados. Mas há que se buscar uma resposta urgente para isso. Afinal, que grupo é esse? Por qual motivo estão se armando tão fortemente? Os roubos de fios de cobre, um produto de valor tão baixo, mas com uma operação criminosa tão grande, têm algum sentido?
É preciso que as polícias trabalhem para levar tranquilidade ao público dos locais mais distantes dos centros urbanos das cidades, que é onde esses crimes acontecem. Também é bastante comum o relato de assaltos armados a propriedades rurais. Se hoje vivemos anos de relativa tranquilidade nas zonas urbanas, fruto de operações bem sucedidas do poder público e da integração das polícias através do Pacto pela Paz, é importante levar tamanha operação para os rincões das cidades. É visível que, de certo modo, o crime se adaptou para fugir um pouco dos holofotes, mas seguem operando, até com maior tranquilidade pelo isolamento dos rincões.
Espera-se uma ação rápida e contundente para resolver o quanto antes essa questão da quadrilha que vem atuando na região. Mas, mais do que isso, espera-se que volte a se ter paz nos campos, nas empresas que vivem próximas à zona rural e que nossa colônia volte a ser sinônimo de vida pacata.