As duas últimas manchetes do A Hora do Sul foram sobre termelétricas. Em Candiota, há a preocupação com o potencial fechamento da Candiota 3, parada após fim de contrato. Na edição desta segunda-feira (6), trazemos a grande mobilização pela usina de Rio Grande, um investimento de R$ 6 bilhões e que pode gerar milhares de empregos e renda de uma maneira que mudaria o cenário econômico não só do município, como também da região.
Embora sejam com fins diferentes – a Candiota 3 é movida a carvão e a de Rio Grande seria a natural liquefeito (GNL) –, são temas que geram polêmica em tempos de reforço no zelo ambiental. É fundamental cuidar disso, claro, e hoje a tecnologia já pode ser trabalhada para aliviar os impactos e compensar os efeitos gerados pelas plantas fabris. Por isso, a região não pode abrir mão de dois catalisadores de emprego e renda nesse momento em que busca dar um salto econômico, após décadas de apatia e preocupação.
O caminho da Zona Sul passa diretamente por Rio Grande. Embora Pelotas seja uma espécie de capital regional, o município vizinho tem diversas potencialidades que vão gerar impactos para todas as outras cidades do entorno. Viu-se um aperitivo disso durante a febre do Polo Naval, que foi embora na mesma velocidade que veio. Agora, com o aprendizado do trauma, é preciso criar caminhos estruturados e usar nossa riqueza geográfica e logística para termos esse salto de qualidade de vida para as pessoas que aqui vivem, através da atração de investimentos e do fortalecimento das nossas capacidades.
O alinhamento político e estratégico das lideranças é fundamental. Não dá para deixar rusgas ideológicas ou filosóficas afetar esse caminho, e pelo visto, estamos indo bem nessa direção. Agora é momento de pressionar para que em Brasília as decisões a nosso favor sejam tomadas. A se lamentar é a eterna necessidade de pressão hercúlea para que se faça o mínimo pela região. Mas felizmente nossas lideranças estão agindo bem e estão incansáveis nessa e em outras pautas.