Há 70 anos
Os 47 anos do Bazar da Moda e o encerramento de 1954 foram celebrados no dia 28 de dezembro, uma terça-feira, após o expediente, com a inauguração da Colônia Mazza, um antiga charqueada nas margens do Arroio Pelotas, local na época denominado Terreno da Figueira. Automóveis e ônibus especiais foram utilizados para transportar os diretores, os sócios e suas famílias e todos os funcionários, além de convidados e a imprensa.
O velho casarão foi inteiramente restaurado para o evento. “A alegre e inesquecível noitada que a todos encantou e maravilhou… foi proporcionada pelos incansáveis membros da família Mazza, os anfitriões da ocasião”, registrou o jornal A Alvorada na edição de 22 de janeiro de 1955.
Enquanto era preparado o churrasco, os visitantes conheceram a propriedade, que foi apresentada oficialmente como a Colônia de Férias dos funcionários do Bazar da Moda. O cardápio da noite foi composto por: caldo de carne, linguiça, churrasco de res e ovelha, acompanhado por salada mista. Para beber: chope, coca-cola e Guaraci. Ao final doces e cafezinho.
Em nome da empresa, Geraldo Dias Mazza, fez o discurso comovido abordando os motivos da festa. Em homenagem à memória da esposa do patriarca Raphael Mazza, a Colônia foi batizada por Dona Branca Dias Mazza. Representando os funcionários, Hugo Monteiro da Silva, um dos mais antigos da empresa, também se emocionou ao expressar gratidão.
Patrimônio
Na década de 1950, os sócios do Bazar da Moda, que posteriormente passou a se chamar Lojas Mazza (rede de bazar) compraram três antigas charqueadas, representantes do século 19, duas delas para dois diretores, filhos do fundador italiano Raphael Mazza, e a outra para abrigar a Colônia de Férias Dona Branca Dias Mazza, que morreu em 1934.
Neste período foram adquiridas as charqueadas São João, para Rafael Dias Mazza, e Santa Rita, para Geraldo Dias Mazza, sócios e filhos do italiano Raphael Mazza, fundador do Bazar da Moda. Atualmente, ambas as propriedades integram o circuito turístico de Pelotas.
Presente de amor
A charqueada São João foi um presente de Rafael Dias Mazza a sua esposa, Nóris Moreira Mazza, filha de Carlos Ribas Moreira. “Ela nasceu em uma charqueada”, relembra a neta Andréa Mazza Terra.
Fonte: A Alvorada/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; livro Bazar da Moda (2007), de José Antonio Mazza Leite
Há 50 anos
Primeira fase da Operação Golfinho leva 20 PMs ao Laranjal
O 4º Batalhão de Polícia Militar deslocou 20 homens para as praias do Laranjal, no início da Operação Golfinho 1974/75, além de duas viaturas em permanente serviço. Os primeiros destacamentos prestaram serviço de policiamento, com o objetivo de oferecer segurança aos banhistas e veranistas até o final do ano.
De acordo com o, então, oficial de Relações Públicas, do Batalhão, tenente Luiz Carlos da Fonseca, mais PMs seriam deslocados para a orla da praia, após 1º de janeiro de 1975. Na época, o policiamento da Zona Central de Pelotas também tinha sido reforçado, a pedido dos lojistas, em função das compras de final de ano.
Novidade
Uma novidade daquele início de veraneio foi a solicitação, à Divisão Estadual da Polícia Rodoviária para a instalação de um equipamento de radar, para coibir excessos de velocidade na estrada do Laranjal. “Um forte e bem montado esquema de trânsito será posto em prática durante o período de veraneio”, disse o tenente.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Adolfo Schwab realiza audição de piano em casa
O alemão Adolfo Schwab, considerado um dos melhores técnicos em pianos de Pelotas, recebeu em sua casa para uma audição de piano, a jovem Ignez Russomanno, aluna do professor Olivares. A pianista estava ensaiando para fazer exames finais para o cargo de professora do Instituto Musical de Porto Alegre.
Além de técnico em piano, Adolfo Schwab, representante geral da marca AA (Doble A), foi um importante introdutor do bandoneon no estado. A empresa estava sediada na rua Gonçalves Chaves, 556, em Pelotas.
Fonte: Diário Popular/Acervo BPP; blog Mano Monteiro Tango