Quase três mil pessoas devem passar pelo aeroporto de Pelotas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Dezembro de 2024

Entre Natal e Ano Novo

Quase três mil pessoas devem passar pelo aeroporto de Pelotas

Já na rodoviária de Pelotas espera-se um crescimento de 7,5% no movimento neste mês

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Quase três mil pessoas devem passar pelo aeroporto de Pelotas
Movimentação total no terminal em dezembro deve atingir 7,4 mil passageiros. (Foto: Jô Folha)

As festas de fim de ano, mesmo sendo no meio da semana, têm sido um estímulo à economia da região, principalmente para o transporte de passageiros. Entre idas e vindas, quase três mil pessoas devem passar pelo Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto. Já a Empresa de Terminal Rodoviário de Pelotas (Eterpel) aposta em um aumento de 7,5% no movimento este mês. A previsão é de que o terminal administrado pela CCR Aeroportos movimente mais de 7,4 mil passageiros ao longo de dezembro, com frequência maior entre hoje e o dia 31, quando cerca de três mil pessoas devem passar pelo local.

A movimentação do mês vai encerrar um ano marcado pela alta demanda e pelas novas rotas de voos oferecidas no aeroporto de Pelotas. O aeródromo do Sul do Estado mantém voos para Porto Alegre, Florianópolis, Guarulhos e Viracopos. Para 2025, uma nova rota já foi anunciada: o novo voo para Guarulhos, operado pela Latam. Para o gerente do aeroporto, Vinícius Bueno, 2024 foi de desafios e conquistas. “Vamos encerrar o ano da melhor forma possível: com uma alta movimentação de passageiros e o aeroporto cheio. As nossas equipes estão prontas para receber cada viajante”.

Por terra

Na manhã de quinta-feira (19), por exemplo, na rodoviária de Pelotas havia passageiros na fila para compra de bilhetes, em frente aos terminais aguardando o ônibus de destino e outros embarcando suas bagagens e famílias à espera de parentes. Cenário de otimismo em um momento em que o Rio Grande do Sul registra fechamento de terminais em pequenas cidades. A jornalista Laura Magalhães Alan, que completa 53 anos hoje, embarcou para Brasília onde passará o aniversário e as festas de fim de ano. Ela optou em ir pela rodovia até Porto Alegre e depois vai de avião até seu destino. “Na volta eu desço aqui de avião, direto”, comenta. Ela precisou programar a agenda pelo fato de Natal e Ano Novo caírem em dias de semana e o destino ser longe.

Eterpel colocará ônibus extras para o Cassino no período. (Foto: Cíntia Piegas)

“A nossa expectativa é que esse final de ano tenhamos uma venda boa, acima da média”, projeta o diretor Cláudio Montanelli. Ele conta que desde 2014 as rodoviárias perdem de 5% a 10% do movimento por ano. Somado à pandemia, que abalou financeiramente as rodoviárias, a média de perda de clientes chegou a 30%. Quando se projetava crescimento, houve a enchente e um novo impacto negativo refletiu na Eterpel, por causa da cheia na rodoviária de Porto Alegre. “Agora nós estamos tentando fazer com que esse mês, assim como foi novembro, quando teve uma melhorada, possam ser dois meses mais fortes, que possam ajudar a economia das rodoviárias”, projeta o diretor.

Na visão do diretor, a duplicação da BR-116 melhorou a questão de tráfego e de rapidez nas viagens, porém ele considera que não é dado o mesmo olhar de cuidado para as rodoviárias. “Terminal rodoviário é segmento que vem sendo muito prejudicado ao longo do tempo. Isso é um problema que ocorre no país, e as estações necessitarão de um olhar mais sensível, pelos poderes públicos nas três esferas, porque uma rodoviária é essencial para a vida de qualquer cidade”, analisa.

Montanelli destaca que as rodovias não transportam só pessoas, e sim mercadorias e encomendas, que precisam ser embarcadas e desembarcadas, e isso movimenta a economia de uma região. “Hoje, em 497 municípios do Rio Grande do Sul, há 184 municípios com rodoviárias. Ou seja, a maioria não tem a segurança de uma rodoviária, que garanta uma poltrona com o conforto de uma rodoviária, banheiros e salas de espera”.

Opção de leitura

Para atender melhor o público, a Eterpel, além de ofertas espaços de espera, criou o “Embarque na Leitura”, uma sala em que o passageiro pode aguardar seu horário lendo um bom livro. “Depois o passageiro pode deixar o livro com o motorista do ônibus que ele volta para a sala”. O estudante da Furg Samuel Pereira Brasil, 24, estava indo para casa em Camaquã. Enquanto esperava o ônibus, ocupou o espaço mais silencioso para manter a leitura em dia. “É mais quietinho. Não tem tudo barulho e fico mais confortável. É uma opção boa”. Para o estudante, lugares calmos, em meio à vida agitada, evitam distrações, e isso inclui o celular. “Se tu estás com um livro, te concentra mais nele e não sai desse mundinho das letras”, admite.

Ainda entre as idas e vindas estava o casal Elza Mara e Ayrton Oliveira. A professora de 66 anos e o administrador de 64 aguardavam ansiosos pela chegada da filha, genro e neta. A família embarcou de São José (SC), mas no meio do caminho o ônibus estragou e eles tiveram que fazer baldeação. “Ela já está indo embora na segunda-feira. Vem só para nos abraçar. A gente está morrendo de saudades”, diz Elza. “Essa demora aumenta nossa ansiedade”, completa Oliveira.

Incremento

A Eterpel deve colocar ônibus extras de acordo com a necessidade. A grade de horários de Pelotas para o Cassino e o destino inverso têm aumento significativo no verão. Fora da temporada são dois horários de ônibus por dia e, ao longo da temporada, passa a ter até cinco horários saindo de Pelotas para o Cassino.

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