Praças sofrem com vandalismo
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira18 de Dezembro de 2024

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Praças sofrem com vandalismo

Revitalização de espaços públicos avança em alguns bairros, mas outras áreas verdes sofrem com falta de manutenção e depredação

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Praças sofrem com vandalismo
No CEU Dunas, redes da quadra estão furadas (Foto: Jô Folha)

No último final de semana, a prefeitura de Pelotas entregou as obras de requalificação de diversos espaços públicos de bairros como Bom Jesus, Fragata e Getúlio Vargas. Neste último, foi inaugurada a revitalização da praça Getúlio Vargas, em frente da Unidade Básica de Saúde (UBS), que recebeu o investimento de R$165 mil via emenda parlamentar do deputado Daniel Trzeciak (PSDB). Enquanto isso, inúmeras outras áreas verdes e de lazer seguem aguardando investimentos e melhorias semelhantes para atender às demandas da comunidade. Ao todo, são cerca de 200 praças no município.

O caso da Praça São Jorge, no bairro Navegantes, se destaca pela carência de cuidado e manutenção na infraestrutura, que também sofre com vandalismo. Em um espaço amplo e aberto, o único playground instalado já não tem mais nenhum balanço pendurado, a exceção da única corrente que restou presa na trave. “Eu trazia as crianças antes, mas faz mais de dois anos que não arrumam esses brinquedos, então eu nem trago”, diz Patrick Correa, 28 anos. “A alternativa tem sido o parque Una, mas tem que ser de carro”.

No local, a academia ao ar livre também está danificada. Em pelo menos três aparelhos de ginástica, peças inteiras e pedaços importantes foram removidos, inutilizando completamente o uso. Em um equipamento de flexão de pernas, a ausência do assento deixou o ferro afiado e pontiagudo, um perigo para crianças e adultos. Por isso, a comunidade precisou tomar a iniciativa de prender os ferros com arame, reduzindo, assim, a chance de acidentes.

No bairro Areal, a paisagem do balanço faltante se replica na Praça da Liberdade, além de outros estragos em bancos de madeira e mesas de concreto. Olga Gomes é moradora de uma casa antiga, em frente à praça, desde pequena. Hoje, com 87 anos, ela conta como a área mudou conforme o tempo e as administrações passaram. “O prefeito Ary Alcantara construiu essa praça, depois foi reformada com o Irajá Rodrigues, mas agora está muito atirada, há uns dois anos”, aponta.

Avaria repetitiva

No bairro Dunas, mais uma vez, o desfalque de um balanço na trave é novamente identificado. Desta vez, a cena é no Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), projeto entregue pela prefeitura em meados de 2017. Além da ausência de um dos balanços, o outro também está inutilizado devido à inclinação das hastes, que parece que pode cair a qualquer momento.

Hoje em dia, boa parte das crianças prefere utilizar a quadra esportiva em vez do playground, conforme revela um dos garotos, de nove anos de idade. “A gente não brinca nos brinquedos, está tudo quebrado. Brincamos mais na pista de skate e aqui na quadra”, declara o menino. “Mas aqui também não dá nem pra fazer gol, as redes estão todas furadas. Sempre que alguém chuta, tem que ir buscar a bola”, acrescenta, ainda.

Escalas de praças

Parques urbanos: Grandes áreas verdes com funções sociais e ambientais, que Pelotas carece, na visão de Peres. Embora existam espaços que desempenham parte dessa função (como a Orla do Laranjal, por exemplo), eles não se configuram como parques urbanos completos.

Praças menores e pocket parks: Pequenos espaços urbanos, muitas vezes subaproveitados, que têm potencial para integração social, atividades físicas e convivência. Esses espaços, se bem planejados, podem atender às necessidades de interação e saúde nas cidades.

Atividades desenvolvidas

Lazer ativo: Práticas relacionadas à atividade física, esportes e saúde corporal.

Lazer passivo: Momentos de contemplação, conversas, ócio e encontros sociais.

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