Enquanto articula a criação da CPI para investigar as suspeitas de irregularidades na secretaria de Habitação, o vereador César Brisolara, o Cesinha (PSB), também é um dos líderes no grupo da Câmara que defende o nome de Michel Promove (PP) para a presidência em 2025 e, como presidente do PSB, participa da mesa de negociação da transição para o governo de Fernando Marroni (PT).
Com pouco tempo para o andamento da CPI ainda este ano, o vereador diz esperar começar os trabalhos o quanto antes, e conta com a possibilidade de manter a comissão no ano que vem. “Já estamos trabalhando em cima disso, separando a documentação que temos e que está chegando. […] O meu planejamento era que já tivéssemos começado, porque os fatos que vieram são muito graves. Em 2025 eu não tenho como dizer que vai continuar, porque tem outros parlamentares, mas posso falar por mim, estou com muita vontade de elucidar essas questões”, afirma.
Quanto à presidência da Câmara, Cesinha considera já haver uma maioria em torno de Michel Promove e não descarta construir um consenso com outro “pré-candidato”, o vereador Carlos Júnior (PSD). “Esse grupo se estabeleceu por causa do diálogo, não fazemos parte de nenhuma parte radical da Câmara”, sustenta.
“Entendemos que esse é o momento para pacificar e para agregar mais a Casa, é um governo novo que precisa colocar a agenda que foi aprovada nas urnas em prática, e é isso que a gente quer. Acho que o Michel reúne essas condições. O Júnior é nosso parceiro, é do diálogo também, e para nós isso é muito tranquilo”, diz.
Sobre o processo de transição, Cesinha pontua que ainda é cedo para avaliar o secretariado indicado. “A gente não consegue avaliar a casa enquanto não está construída totalmente. O governo, nesse momento, é isso”, explica. Ele avalia que o PSB contribuiu para a eleição de Marroni e defende que o partido ocupe cargos com os quais tenha aproximação. “Nos colocamos à disposição para dialogar, mas temos que ver onde temos vocação, se não vamos só preencher vagas no Executivo”, diz.