Polícia desarticula associação criminosa em Pelotas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira5 de Fevereiro de 2025

Ação

Polícia desarticula associação criminosa em Pelotas

Operação Celta da Polícia prendeu sete pessoas envolvidas em fraudes eletrônicas

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Polícia desarticula associação criminosa em Pelotas
O golpe consistia em solicitar pagamentos para supostas taxas de cartório, que deveriam ser realizadas via transferências pix. (Foto: Jô Folha)

Em uma operação coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul desarticulou uma associação criminosa especializada em fraudes eletrônicas. Sete pessoas foram presas a partir da investigação iniciada após várias denúncias de vítimas de estelionato. Também foi identificada uma rede criminosa. A principal ferramenta para o crime era o Facebook. Em Pelotas, os indicadores do mês de novembro apontam queda em relação ao mês anterior de 33,7% e de 42,4% ao mesmo período do ano passado de registro de estelionatos.

O delegado César Nogueira conta que os criminosos publicavam falsos anúncios de venda de veículos e após atrair as vítimas, os golpistas transferiam as negociações para o WhatsApp. A partir de então se inicia as condições de compra. Em um dos casos investigados, a vítima foi induzida a realizar três transferências via PIX, totalizando R$ 11 mil, para contas de membros do grupo criminoso.

Nesta semana, uma vítima se interessou por uma moto, fez toda a negociação, chegou a registrar a transferência em cartório, mas quando chegou na garagem para buscar o veículo, alegaram que não havia sido feito o pagamento. O prejuízo da vítima foi de R$ 5.300,00. A vítima registrou boletim de ocorrência, fato que tem ajudado a polícia a chegar nas organizações. Somente nesta quinta-feira (12), havia cinco boletins de ocorrência com esse tipo de golpe registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Laranjas

O golpe consistia em solicitar pagamentos para supostas taxas de cartório, que deveriam ser realizadas via transferências pix. As chaves pix utilizadas incluíam endereços de e-mail fraudulentos, como “[email protected]”. Posteriormente, as vítimas eram instruídas a realizar pagamentos adicionais sob o pretexto de problemas mecânicos ou logísticos relacionados ao veículo.

Ainda dentro da investigação, agentes da 2ª DP descobriram que as contas bancárias utilizadas para receber os valores pertenciam a indivíduos identificados como “laranjas”, que recebiam comissões de até 10% para permitir o uso de seus dados. Os valores eram rapidamente redistribuídos para outras contas.

Principais envolvidos

Para o delegado, a ação demonstra a importância da integração entre as equipes e o uso de tecnologia para rastrear e desarticular redes criminosas, protegendo os cidadãos desses golpes virtuais. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Bagé, Dom Pedrito e Porto Alegre. Celulares, documentos bancários e outros materiais usados nos crimes foram apreendidos. Dos sete presos, cinco são prisões preventivas e duas temporárias.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, um dos investigados, que teve sua prisão temporária decretada pela participação inicialmente na locação de suas contas (laranja), pode ter sua prisão transformada em preventiva pela participação ativa do cometimento dos estelionatos investigados

Próximos passos

As investigações continuam para identificar outras vítimas e membros do grupo criminoso. A Polícia Civil alerta para que possíveis vítimas de golpes similares entrem em contato com as autoridades e reforça a importância de desconfiar de ofertas muito vantajosas em redes sociais.

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