Valter Sobreiro autografa novo romance na Bibliotheca Pública Pelotense
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira11 de Dezembro de 2024

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Valter Sobreiro autografa novo romance na Bibliotheca Pública Pelotense

A sessão de autógrafos ocorre a partir das 19h, na Bibliotheca Pública Pelotense

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Valter Sobreiro autografa novo romance na Bibliotheca Pública Pelotense
O escritor faz uma homenagem à Guimarães Rosa no título do livro (Foto: Divulgação)

O dramaturgo, cenógrafo e diretor de teatro Valter Sobreiro Júnior lança nesta quarta-feira o livro O demônio a ser pago no estúdio dos fundos (50+ anagramas de Elis Regina), editora Lerigou. A sessão de autógrafos ocorre a partir das 19h, na Bibliotheca Pública Pelotense.

Da ideia inicial à publicação, Sobreiro levou mais de dez anos para concluir O demônio a ser pago no estúdio dos fundos, um romance dramático com toques de insanidade e violência. A obra leva ao leitor os relatos de um pianista, cuja carreira começa e termina durante a Ditadura Militar, que começou em 1964, no Brasil.

Na conversa com o seu psiquiatra, o personagem, internado em uma clínica, demonstra a obsessão por uma cantora. “A inspiração que me levou a criar essa personagem fictícia vem de uma devoção pessoal à arte de Elis Regina, cujo nome é reiteradamente usado na forma de anagramas”, explica o autor.

Homenagem a Guimarães Rosa

Admirador da obra de Guimarães Rosa, o escritor rio-grandino relembra Grande Sertão Veredas ao utilizar a narrativa em primeira pessoa e ao evocar o título do poeta mineiro no nome do próprio livro. “Uma das traduções em inglês de Grande Sertão Veredas é The devil to pay in the backlands (o diabo a ser pago no interior). É uma homenagem a Guimarães Rosa”, conta.

Apesar da obra se passar no sombrio período da repressão política e cultural, o autor não cita o fato histórico em si. “Nunca se fala em ditadura, mas se fala muito no demônio instalado dentro da rádio, porque na verdade, dentro das rádios o que se instalavam eram os censores. Ele (o personagem) vê tudo isso por um viés religioso”, explica.

Uma curiosidade da obra são os mais de 50 anagramas feitos a partir do nome Elis Regina. Além de abrirem os capítulos, eles aparecem ainda nos nomes dos personagens ou de empresas.

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