A Freedom e o Porto de Pelotas assinaram contrato para a ampliação do uso da estrutura do porto pela empresa. Dentro da estratégia de internacionalização para toda a América Latina, a Freedom utilizará dois armazéns do Porto de Pelotas para facilitar o trabalho logístico da indústria.
Os dois armazéns somam quatro mil metros quadrados, com capacidade de 51 contêineres, e ficam a 450 metros da sede da empresa. A Freedom utilizará as áreas como entrepostos aduaneiros para importação e exportação de matéria-prima e do produto finalizado. Ao todo, é projetado um investimento de R$ 2,1 milhões em internacionalização, que envolve obras, logística e infraestrutura.
“Esse projeto iria para os portos de Santa Catarina, mas entendemos que a Portos RS tinha uma política mais receptiva e competitiva”, afirma o sócio-fundador da Freedom, Gino Salvador. “Nós não só arrendamos (os armazéns), também nos tornamos operador portuário, então teremos gestão completa do processo. Isso para nós é bom, porque vamos preparar a logística e a eficiência de acordo com a nossa necessidade, o que nos torna mais competitivos”, disse.
A Freedom Veículos Elétricos é líder nacional na produção de cadeiras de rodas motorizadas e veículos motorizados, e é a principal fornecedora desses produtos para o SUS. Agora, a estratégia é ampliar o mercado para outros países da América Latina, como Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai. “Cinco dos países estão mais próximos que o norte e o nordeste do Brasil, então a nossa internacionalização é uma realidade, é competitiva e é eficiente”, destaca Salvador.
Estiveram presentes na assinatura do contrato o diretor-presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) e o prefeito eleito Fernando Marroni (PT).
Acesso sul ao Porto
Além do contrato com a Freedom, o gerente de Planejamento e Desenvolvimento, Fernando Estima, aproveitou o encontro para apresentar a Paula e a Marroni o projeto da CMPC Celulose para construção do acesso sul ao Porto de Pelotas.
A criação do novo acesso, mais próximo da ponte para Rio Grande, facilitaria o acesso das cargas de madeira que chegam ao porto rumo a Barra do Ribeiro, onde a CMPC anunciou um investimento de R$ 24 bilhões para a instalação de uma nova planta industrial de produção de celulose. Estima destaca que o novo acesso também é uma oportunidade de construir um dique de proteção contra a elevação das águas do canal São Gonçalo em uma área vulnerável.
