Impacto das geadas no campo pode ser sentido no bolso do consumidor

Frio extremo

Impacto das geadas no campo pode ser sentido no bolso do consumidor

Prejuízo causado em alguns cultivos faz com que os hortifrutigranjeiros sejam adquiridos de fora do RS

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Impacto das geadas no campo pode ser sentido no bolso do consumidor
Mesmo com preparação, frio intenso acaba atingindo produtos de hortifrutigranjeiros. (Foto: Jô Folha)

Se a geada proporciona lindas imagens nas áreas mais descampadas e na zona rural, por outro lado ela pode trazer prejuízo para alguns cultivos, causando impacto no bolso do consumidor.

O presidente da Ceasa e produtor, José Benemann, conta que o frio extremo já tem mostrado a que veio. “O repolho pequeno é meio sensível e o miolo começa a queimar. O mesmo ocorre com a alface, que arroxa e não vinga”, relatou o produtor sobre os cultivos feitos em campo aberto. “Até mesmo a salsa, que é guapa para essa época do ano, está sentindo esse frio todo.”

Com isso, os hortifrutigranjeiros acabam sendo comercializados de fora do Estado, onde o preço praticado, além do custo com o frete, impactam o valor final para os consumidores.

A boa notícia vem do extensionista da Emater, o engenheiro agrônomo Evair Ehlert. “Os produtores vão cultivar as hortaliças que são tolerantes ao frio e à geada. Para apressar o desenvolvimento, a maioria deles utiliza ambiente protegido, ou seja, as estufas de plástico. Mesmo assim, o frio intenso provoca atraso no desenvolvimento geral e não estão livres de queimas das bordas.” Até mesmo a cebola que está no sistema de transplante pode sentir as consequências do frio intenso e prolongado.

Por outro lado, o clima de inverno é benéfico para os pessegueiros, nectarineira, oliveira e nogueira pecan, pois todas elas precisam de horas de frio para que ocorra a quebra de dormência em uma sequência lógica da floração e depois as folhas.

“Claro que se o frio se estender muito e houver geadas mais tardias, poderá haver queima das flores e até dos frutinhos recém formados.” Até o momento, a Emater não registrou danos, até mesmo na fruta da época, a bergamota.

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