O período de fortes chuvas entre os meses de agosto e outubro, e as baixas temperaturas registradas na região no período da floração devem ser as responsáveis pela redução da expectativa de safra da olivicultura na Região Sul. Atualmente, as plantas se encontram no período de frutificação e enchimento de polpa e os produtores realizam os tratamentos preventivos contra o ataque de pragas.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura, Renato Fernandes, ainda não é possível mensurar a safra de 2025 no Estado, visto o ano atípico. “Este ano a frutificação está ocorrendo tardiamente, por isso o ideal é esperar o fim de dezembro para uma avaliação mais assertiva”, comenta. Entretanto, conforme Fernandes, mesmo em um ano adverso, o instituto vem tendo relatos favoráveis sobre qualidade das frutas em diversas regiões do Estado.
Na região de Bagé, conforme o Informativo Conjuntural da Emater, a situação está ruim, com os pomares apresentando baixíssima quantidade de frutos fixados em função das chuvas. A expectativa é de que a cultivar Koroneiki, a qual vem se destacando nas últimas safras pela resistência a variações climáticas e pela maior estabilidade produtiva, apresente produção suficiente para a colheita.
Em Canguçu, de acordo com o Extensionista Rural da Emater, Gilvane Lopes Furtado, a expectativa de média de produção deverá ficar em torno de 500 quilos por hectare. “Temos áreas grandes de oliveira, entre 100 e 200 hectares. Essas áreas são as que estão apresentando maior dificuldade em termos de produtividade”, avalia. O município possui área de plantação em torno de 400 hectares.
Em Pelotas, a cultura continua na fase de frutificação e de enchimento dos frutos. Os produtores realizam tratamentos preventivos para doenças. A expectativa de safra está melhor que no último ano, em razão do adequado pegamento das flores.
Além de Canguçu, os municípios da região com maiores áreas plantadas são Encruzilhada do Sul, Pinheiro Machado e Bagé.
