Painel Pensar Negócios analisa tendências de gestão de pessoas e mercado de recrutamento
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira26 de Dezembro de 2024

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Painel Pensar Negócios analisa tendências de gestão de pessoas e mercado de recrutamento

Série de encontros propostos pelo Jornal A Hora do Sul ocorrerá mensalmente com a participação de lideranças

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Atualizado sexta-feira,
06 de Dezembro de 2024 às 19:19

Painel Pensar Negócios analisa tendências de gestão de pessoas e mercado de recrutamento
Foram convidados o sócio e gerente de RH da Safras e Cifras, Anselmo La Rocca, o gerente da concessionária SuperAuto Ford Pelotas, Daniel Cardoso e a ceo da Link Vagas e da Ampla, Sibelie Valente. (Foto: Jô Folha)

Dentre os principais problemas enfrentados por empresas, a gestão de pessoas e o mercado de recrutamento vem passando por grandes transformações nos últimos anos. Tema proposto para o segundo encontro do Painel Pensar Negócios – Região Sul, realizado pelo jornal A Hora do Sul, analisou os atuais desafios de quem contrata e de quem está em busca de uma nova oportunidade profissional.

Como convidados da segunda edição, o sócio e gerente de RH da Safras e Cifras, Anselmo La Rocca, o gerente da concessionária SuperAuto Ford Pelotas, Daniel Cardoso e a ceo da Link Vagas e da Ampla, Sibelie Valente. A mediação ficou a cargo do diretor executivo do jornal, Régis Nogueira.   

Atual momento de mercado 

Na avaliação de Sibelie, em muitas empresas ainda é preciso desenvolver uma gestão de pessoas mais qualificada, para que a vaga se torne mais atrativa e mais candidatos queiram participar do processo seletivo, assim como permanecer na empresa. 

Atualmente, existe a exigência por parte dos candidatos de maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “Muitas vezes, a legislação trabalhista não é suficiente e eles nem estão preocupados com as questões legais, eles estão preocupados com o bem-estar”, comenta Sibelie. 

Fit cultural

Reconhecida pelo segundo ano consecutivo como um “Lugar Mais Incrível para Trabalhar”, a empresa Safras e Cifras aposta que o fit cultural é, na maior parte das vezes, mais importante do que as possíveis qualidades técnicas dos candidatos. 

Conforme o gerente de RH da Safras e Cifras, a empresa tem a cultura de desenvolver as pessoas. A contratação é feita mais pelo comportamento, pelo fit cultural e do que se percebe caráter do candidato, mais do que conhecimento técnico, que pode ser adquirido posteriormente em treinamentos. 

Transformação digital 

Na avaliação do gerente da concessionária SuperAuto Ford Pelotas, hoje, os profissionais precisam estar conectados com seu público-alvo, assim como interagir e estar presente. “O profissional precisa estar preparado para a parte de digital, dominar as ferramentas, mas também precisa buscar cada vez mais essa interação humana”, diz. 

Para quem está em busca de um emprego, Sibelie orienta que o mais importante é analisar se o currículo se enquadra na proposta da vaga, e completá-lo com as palavras chaves necessárias devido o uso da inteligência artificial fazer a primeira parte do recrutamento. “Para se ter acesso à oportunidade, é importante entender que a maior parte das empresas terá a inteligência artificial filtrando”. 

Manutenção de talentos 

Desenvolver pessoas tem haver com os valores, se combinam, se possui as soft skills necessárias, assim como começar a implantar a gestão de pessoas. “Não é só selecionar bem. É preciso ter programas de capacitação dentro da organização, explicar quais são as expectativas a partir de um programa de avaliação de desempenho com bonificação”, diz Sibelie.   

Também, são consideradas práticas para a retenção de talentos estímulos frequentes para equipes mais operacionais, criação de esquemas de gestão para avaliação de desempenho. O modelo de remuneração também precisa ser assertivo, feito a partir de pesquisas com colaboradores. Da mesma forma, implantar indicadores de desempenho por setores, com possibilidade de plus salarial. 

Mercado de Pelotas 

Conforme Sibelie, a realidade de Pelotas e região possui uma economia mais achatada com salários muito baseados na realidade do comércio. “Em outros centros, temos indústrias mais fortes e em maior número que criam maior competitividade em torno desses candidatos. 

A faixa salarial em Pelotas é de 25% a 30% menor do que a praticada na grande Porto Alegre. “O nível de atração da vaga hoje tem muito haver com a remuneração. Vagas que não são bem remuneradas fazem com que o colaborador permaneça olhando as oportunidades de mercado”, diz. 

Bem-estar corporativo

Participando do painel Pensar Negócios desde a primeira edição, a consultora de ESG (Environmental, Social and Governance), Louise Cardoso, se diz apaixonada pela temática do segundo encontro do evento. De acordo com a consultora, é possível perceber a mudança no perfil das pessoas que estão ativas no mercado de trabalho. 

“Hoje temos em uma mesma empresa os Baby Boomers (nascidas entre 1945 e 1964), a Geração Z ( final da década de 1990 e o início da década de 2010) e é algo que se precisa entender para ter sinergia dentro de uma empresa”, avalia.  

Para Louise, a chegada da inteligência artificial também altera o cenário, mas na sua avaliação a inovação seguirá vindo das pessoas. Por isso, a necessidade de entender que a IA é fundamental para processos que vão acelerar certas atividades. “A criação, a empatia, os relacionamentos, seguirão sendo sempre papéis exercidos por pessoas”. 

 

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