“Nós precisamos falar mais das coisas boas”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Abre aspas

“Nós precisamos falar mais das coisas boas”

Consultor de empresas e ex-presidente da Associação Comercial de Pelotas (ACP), Mauro Bom fala sobre o momento do campo empresarial em Pelotas e região Sul

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“Nós precisamos falar mais das coisas boas”
Mauro Bom foi presidentre a ACP. (Foto: João Pedro Goulart)

Como você enxerga o setor empresarial em Pelotas nesse momento?

Ele está mais dinâmico, se modernizando. Isso não é só aqui em Pelotas, eu diria até na região Sul. Eu vejo empresas, empresários, empreendedores e muitas empreendedoras também, buscando novas oportunidades, novos negócios. Eu vejo empresas nascendo aqui, empresas com novas tecnologias. Um tempo atrás, a gente via muitas empresas do mesmo segmento, muitas lojas, que são importantes também, mas hoje não, a gente vê empresas de tecnologia, da área industrial, da área de serviços. Ou seja, a gente vê que tem inovação. Nós temos um grupo grande de empresas novas criadas na cidade ou chegando na cidade e expandindo. Durante algum período, a gente não viu muito isso. Então hoje, aqui na Associação Comercial, eu percebo claramente a quantidade de empresas novas que têm surgido, que na entidade acabam mostrando o seu trabalho, seus produtos, seus serviços, para toda a comunidade de Pelotas e região.

O que pode fazer com que as empresas venham para cá?

Em primeiro lugar, a gente precisa divulgar melhor os pontos positivos, que são muitos, da nossa cidade e região. Às vezes a gente acaba direcionando nossas energias para falar dos problemas. E é importante que eles sejam debatidos até para serem melhorados. Mas nós precisamos ressaltar o que temos de bom. Por exemplo, nós temos estrada duplicada, aeroporto – que vai chegar a mais de 20 voos a partir do mês de agosto –, temos o Porto de Pelotas, o Porto de Rio Grande, um novo hospital universitário saindo da cidade, um novo Pronto Socorro. Ou seja, são infraestruturas importantes. As empresas vivem com as pessoas, pelas pessoas e para as pessoas. Elas precisam de um ambiente de atendimento, de qualidade e, logicamente, de condições oportunas para se desenvolver. Nosso cotidiano, neste momento, é a união das universidades em prol do Parque Tecnológico Tecnosul, aqui em Pelotas, o Oceantec, em Rio Grande, os dois parques tecnológicos privados que nós estamos construindo. O Rampa, no bairro Quartier, o Tecnosul Saúde e Biotecnologia, na BR-116. Ou seja, são potenciais que a cidade tem, nós precisamos falar mais das coisas boas e menos daquelas dificuldades que temos. Em todo lugar tem dificuldades, aqui também tem, essas dificuldades temos que tratar e buscar resolvê-las, mas nós precisamos divulgar melhor os potenciais que a cidade tem.

Em Pelotas, os setores de comércio e serviços são muito fortes. Como essas empresas se adaptam ou se encaixam?

Nós já temos uma característica muito forte no comércio e no serviço. Mas nós temos um PIB da indústria do agronegócio muito forte. Precisamos atrair outros perfis de indústria para cá. Já temos algumas indústrias diferentes, como a Freedom, a LifeMed, indústria do ramo da saúde, também com um perfil diferente do tradicional, indústria das arrozeiras, etc. Eu acredito que todo este momento que nós estamos vivendo e a melhoria na infraestrutura, – e eu volto a insistir, o sonho que a gente ainda tem de viabilizar a termelétrica de Rio Grande, vai oportunizar mais negócios e indústrias. Não só aqui em Pelotas, como também em Rio Grande. São duas cidades que têm um setor pronto, preparado para receber novas empresas e novas indústrias. Temos que falar mais, divulgar melhor o que temos e corrigir aqueles pontos que precisamos corrigir.

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