A partir deste mês, a conta de energia elétrica passa a não ter taxa extra. Após meses de bandeira vermelha e amarela, a verde entra em ação em dezembro. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mudança foi possível porque houve uma melhora nas condições de geração de energia no país. “Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas – acionada mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos”, explica a agência em nota.
Bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos da geração de energia elétrica. Ele foi criado em 2015 pela Aneel e é dividido em níveis que consideram fatores como disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, entre outros.
Quando a tarifa está em bandeira verde significa que as condições estão boas e não implica acréscimo na conta. A bandeira amarela indica que as condições estão menos favoráveis e uma taxa de R$ 1,85 é adicionada para cada 100 quilowatt-hora (Kw/h) consumido. A bandeira vermelha, por sua vez, indica que os custos estão elevados. Ela é dividida em dois níveis: patamar 1 e 2. No patamar 1 o acréscimo é de R$ 4,46 e no patamar 2 é de R$ 7,87 para cada 100 quilowatt-hora (Kw/h).
A bandeira permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi anunciada a bandeira amarela. Em agosto voltou a bandeira verde, mas em setembro tivemos bandeira vermelha patamar 1 e em outubro, patamar 2. Em novembro, voltou a bandeira amarela e agora em dezembro a verde, que isenta os usuários de taxas.
Impacto para o empresário
Segundo Renan Dal Soto, diretor de uma rede de sorveterias, a isenção da tarifa é de grande importância pois o consumo de energia elétrica aumenta em até 45% em relação aos meses de inverno em virtude do aumento de produção e utilização das máquinas nas lojas. “Assim conseguimos equalizar melhor nossos custos sobre os produtos, compensando um pouco outros aumentos”, diz.