Documentário sobre o Cine Dunas tem pré-estreia em Rio Grande
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira27 de Dezembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Documentário sobre o Cine Dunas tem pré-estreia em Rio Grande

Por

“Tenham todos e todas uma boa sessão, porque vocês e o Cassino merecem!”. A frase que marcou toda uma geração de cinéfilos no litoral sul do Brasil certamente voltará a ser lembrada nesta sexta-feira (29). A pré-estreia do curta-metragem “Cine Dunas” (2024) encerra a programação da 6ª Mostra de Cinema Latino-Americano de Rio Grande (MCLARG), com uma exibição gratuita e ao ar livre no Largo Barbosa Coelho, às 20h.

O extinto Cine Dunas é o tema central do filme, que marca a estreia na direção de Karina Macedo e Vera Mayorca. Criada por Cleiton Abreu e da Janete Jarczeski, a sala de projeção, que por 16 anos funcionou na principal avenida do balneário Cassino como o último cinema de calçada ao Sul do Estado, fechou as portas em 2021, em meio a pandemia.

Doação para a Furg
Localizada na avenida Rio Grande, em um prédio de arquitetura espanhola, a sala de exibição do Cine Dunas tinha capacidade de 120 lugares. Com uma programação que alternava blockbusters e filmes alternativos, nacionais e europeus, o Dunas estabeleceu por anos uma relação afetiva com a comunidade e turistas do Cassino.

Tão logo o cinema deixou de funcionar, parte do acervo do cinema foi doada à Furg. O prédio das pró-reitorias, no campus Carreiros, hoje abriga um memorial dedicado ao espaço, com itens que incluem um projetor Bauer em 35mm fabricado na década de 1940, rolos de filmes em película, as características poltronas em corino vermelho e o expositor luminoso que ficava instalado na fachada do prédio.

Há 100 anos

Festival do Es…pia Só mistura cinema, teatro e Carnaval no Sete de Abril

Com o objetivo de obter recursos para o Carnaval de 1925, o Clube Carnavalesco Es…pia Só, fundado em 15 de janeiro de 1924, promoveu um festival com cinema, teatro e música no Theatro Sete de Abril, no dia 20 de novembro. O evento foi aberto com a exibição do filme Louco por dinheiro, da Universal, na sequência foi apresentado a comédia teatral Os dois surdos, com Francisco Castro, Antonio Reis, Eduardo Fonseca, Manoel Petz, Ricardo Wenzel e Margarida Perelló.

Durante o festival foi oferecido um estandarte para a entidade, por Francisca Oliveira. O pavilhão foi batizado, tendo como padrinho o “povo de Pelotas” representado pelo presidente do Es…pia Só e as madrinhas foram Clelia Araujo, Izalda Lança, Daura Lhullier, Sarah Rosselli e Annita Castro. Antes do evento o presente foi exposto na loja Casa Americana. Após o ato, foi apresentado um quadro de variedades. Para o encerramento foi feita uma homenagem aos cordões carnavalescos Garotos, Atrasados, Miscellanea, Chove e Não Molha, Fica Ahí, Depois da Chuva e Quem ri… .

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; A história dos compositores Zé da Cuíca e Bola de Neve: uma etnografia no samba pelotense, de André Gomes Almeida (PPG em Antropologia/UFPel). 

Há 50 anos

Padre Ozy celebra 20 anos de ordenação com jantar na Sansa

O padre José Ozy Alves Fogaça completou 20 anos de ordenação. O sacerdote foi o idealizador e criador da Sociedade Nossa Senhora Aparecida (Sansa), onde foi realizado o jantar de comemoração à data.

Natural de Torres, o pároco (chamado de Zizi pelos mais íntimos) foi  uma figura icônica e controversa na comunidade pelotense, especialmente para os moradores do bairro Simões Lopes. Além das atividades religiosas, Fogaça jogava futebol, foi vereador, falava na rádio e se destacava no Carnaval, desfilando pelo bloco burlesco Bafo da Onça e na Comissão de Frente da Escola de Samba General Telles.  

Ele começou desfilando vestido de jogador de futebol, em 1972, e aos poucos foi ousando mais. Entre as fantasias memoráveis estava a de Salomé, personagem do humorista Chico Anysio, e de político. 

Em 1977, o bispo Dom Antônio Záttera suspendeu o padre, por falta de decoro, e pediu que ele devolvesse os bens da Sansa, que teriam sido doados à Fundação Assistencial Padre Dr. Ozy Fogaça.  O bispo o processou por “reter para usos próprios bens da diocese”. Em 19 de fevereiro de 1979 foi declarado excomungado. Porém antes de deixar o bispado, Záttera voltou atrás na decisão. O pároco morreu aos 68 anos, em 15 de novembro de 1997.

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; https://professorjoaquimdias.blogspot.com/

Acompanhe
nossas
redes sociais